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Mais de 500 bolsas | Após cortes de Bolsonaro, UFPEL suspende todas as bolsas de ensino, extensão e BDI

O governo Bolsonaro vem aplicando cortes nas universidades federais desde que empossou. O último, de 7,5%, representou diminuição de R$ 5,9 milhões no orçamento da Universidade Federal de Pelotas. Após esse cenário drástico, a reitoria decidiu suspender a totalidade das bolsas: serão afetadas 278 bolsas de ensino, 190 de extensão e 40 de Desenvolvimento Institucional (BDI).

quinta-feira 27 de outubro de 2022 | Edição do dia

A responsabilidade principal por esse cenário dramático é do governo Bolsonaro. Logo após o primeiro turno da eleição, o governo anunciou bloqueio orçamentário de bilhões para as universidades e institutos federais. Com a mobilização estudantil e enorme indignação nas redes, o governo recuou, mas apenas parcialmente – os cortes se mantiveram. Universidades como a UFPEL foram fortemente atingidas e agora se encontram nessa situação drástica.

O último pagamento será referente ao mês de outubro de 2022, depositado em novembro, segundo a universidade.

  •  Leia também: Após o bolsonarista Bibo Nunes incentivar queimar estudantes vivos, colocam fogo em banheiro da UFPel

    Como afirmado anteriormente, serão 278 bolsas de ensino suspensas, 190 de extensão e 40 de Desenvolvimento Institucional. Essas bolsas servem para os pesquisadores poderem se manter enquanto trabalham. A larga maioria dos afetados não possui condição financeira de se manter pesquisando sem esse auxílio, que já é baixo, e provavelmente muitos terão que largar as pesquisas. Trata-se de grave ataque à ciência e à produção de conhecimento, que Bolsonaro e seus seguidores desprezam. O obscurantismo e o neoliberalismo dão as mãos contra a ciência e os estudantes, enquanto grandes capitalistas lucram horrores. Válido lembrar que os cortes na educação são sucessivos desde o governo Dilma, se aprofundaram com Temer e adquiriram dimensões desastrosas com Bolsonaro.

    Essa notícia ocorre logo após um deputado federal gaúcho ultrarreacionário, Bibo Nunes, ter defendido “queimar vivos” os estudantes da UFPEL e da UFSM.

    Estudantes como Juciara Silva Correa Fonseca serão fortemente prejudicados. Como afirmou para jornal local, sua vida financeira será completamente afetada pelo cancelamento de sua bolsa: trata-se de “um descaso com nossa educação, pesquisa, extensão e ensino. Isto afeta os alunos, os terceirizados, toda comunidade acadêmica”. Juciara é bolsista do Peleja (Projeto de Extensão de Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores Terceirizados da UFPel).

    É preciso responder a essa situação com forte mobilização estudantil, aliado aos técnicos e professores. A UNE, ao invés de recuar na mobilização junto com Bolsonaro, deveria ter aproveitado o recuo do presidente e ampliado a mobilização, convocando assembleias de base nas universidades a fim de fortalecer a luta.




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