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DIREITO AO ABORTO | Assembleia da Unicamp com 700 estudantes afirma direito ao aborto legal, seguro e gratuito

Na última quinta-feira, 20, em assembleia online com 700 estudantes da Unicamp, depois dos atos que ocorreram em Recife contra o aborto da menina de 10 anos que foi estuprada por 4 anos pelo tio, foi aprovada um posicionamento em defesa do direito ao aborto legal, seguro e gratuito.

sábado 22 de agosto de 2020 | Edição do dia

Assembleia virtual dos estudantes da Unicamp, com mais de 700 pessoas, decidiu de qual lado os estudantes estão: contra o reacionarismo da direita, e em defesa do aborto legal, seguro e gratuito. Uma posição proposta pelas mulheres do grupo Pão e Rosas e da juventude faísca, que tiveram como resposta uma fala contra a decisão da menina, se apoiando na ideia de "defesa da vida", mas que foi amplamente rechaçada pelos estudantes.

Nas últimas semanas veio a público o caso de uma menina de 10 anos que era estuprada desde os 6 pelo tio e acabou engravidando, uma verdadeira atrocidade. Ainda mais porque a justiça, que criminaliza e nega o direito ao aborto para todos os casos a exceção de episódios brutais como esses, demorou semanas para conceder esse direito elementar a menina.

Entretanto, nem isso bastou para os setores bolsonaristas. A repugnante fascista Sara Winter chamou seus apoiadores pra que fossem ao hospital para impedir que essa menina de apenas 10 anos pudesse realizar o procedimento para salvar sua própria vida. Frente a isso, diversas mulheres se manifestaram em frente ao hospital para garantir que o aborto pudesse ser realizado.

O direito ao aborto deveria ser legal para toda e qualquer mulher que deseja fazê-lo, ainda mais quando os dados apontam que a cada 2 dias uma mulher morre por aborto clandestino no mundo e no Brasil esses dados são piores e atingem com mais força mulheres pobres e negras.

Bolsonaro, Damares e companhia esbravejam dizendo defender a vida, mas não se importam nem um pouco com a vida dessa criança e de tantas outras mulheres que morrem todos os anos por abortos clandestinos.

Por isso, é fundamental que as entidades de trabalhadores e estudantes, se coloquem ao lado das mulheres para defender o direito ao aborto e lutar para que nenhuma mais morra por abortos clandestinos. Além disso, a assembleia também aprovou apoio a greve dos correios que se enfrenta com os ataques de Bolsonaro e Guedes, também por uma ampla campanha em defesa dos trabalhadores terceirizados que estão sendo demitidos na Unicamp e na USP nesse momento e contra o corte de bolsa permanência que a reitoria quer descarregar nos estudantes, ainda mais frente a PL de Dória que ataca as universidades.

Posições muito importantes do movimento estudantil, que vão na contramão da separação que fazem PT e PCdoB que a frente dos sindicatos e das entidades, como o DCE da Unicamp, se negam a colocar a frente essas demandas e estão paralisadas frente aos ataques que sofrem os trabalhadores e setores oprimidos.

Gravidez aos 10 anos mata! Precisamos que iniciativas como essas se multipliquem com assembleias, reunioes e posições das entidades em todo país, rumo a um forte 28s que exija educação sexual para orientar, contraceptivos para não engravidar e aborto legal, seguro e gratuito para não morrer, além da separação da Igreja e do Estado!




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