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Manifestação | Ato “Bolsonaro nunca mais” no RJ: é necessário unificar as lutas em curso

Ontem, sábado (09/04), aconteceram as manifestações contra Bolsonaro em várias capitais do país, e aqui no Rio estiveram presentes cerca de 350 pessoas entre organizações de esquerda e sindicatos que andaram da candelária a central em ato.

domingo 10 de abril de 2022 | Edição do dia

Ontem, sábado (09/04), aconteceram as manifestações contra Bolsonaro em várias capitais do país, e aqui no Rio estiveram presentes cerca de 350 pessoas entre organizações de esquerda e sindicatos que andaram da candelária a central em ato.
O ato foi chamado pela Campanha Fora Bolsonaro e foi marcado pela pouca expressividade reflexo da convocação formal e esvaziada das centrais sindicais e entidades que já estão voltadas para as eleições. Até mesmo a consígna que antes dava ao tom dos atos passou de “Fora Bolsonaro” para uma consigna que se adapta mais ao calendário eleitoral ,“Bolsonaro nunca mais”demonstrando que a política das centrais sindicais, partidos e organizações que convocaram os atos desse dia 09, é para que eles fosse um palanque eleitoral para a frente-ampla burguesa ao redor da candidatura do Lula e (do recém- confirmado) Alckmin.
Esse foi o tom do ato no centro do Rio, com poucas centenas de pessoas, cantando contra Bolsonaro, mas sem a construção efetiva dessa pauta ligada as demandas mais sentidas pelos trabalhadores e juventude carioca, que tem se expressado em paralisações e greves ainda isoladas. Mas mostra a disposição de trabalhadores como os da CSN em Volta Redonda, dos servidores servidores municipais que fizeram atos essa semana, paralisações de rodoviários e entregadores de Apps e a mais recente greve de garis contra Eduardo Paes que terminou há poucos dias do ato do dia 09.
A pauta de todos esses trabalhadores é o reajuste salarial, por conta da alta inflação que vem aumentando ferozmente o preço dos alimentos, combustíveis e corroendo os salários dos trabalhadores, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+ e o povo pobre . Além disso, tem o aumento dos transportes, dos ataques dos governos, alto índice de desemprego e flexibilização do trabalho, das privatizações como da CEDAE, mas também dos ataques a petrobrás. Diante dessas lutas em curso e a insatisfação presente em todos que vem seus salários não darem até o final do mês, as centrais sindicais devem batalhar para canalizar todo esse sentimento em luta, seguindo os exemplos das categorias em luta, e não canalizar para projetos de conciliação com a direita nas eleições
As direções burocráticas da CUT, CTB e UNE, abrem mão de organizar e unificar as lutas que poderiam criar forças capazes de serem vitoriosas e ser um ponto de apoio para derrotar Bolsonaro e Mourão pela força da mobilização e jogam seu peso para negociação com os setores da direita pensando nas eleições. Prova disso, foi a convocação do CONCLAT, sem nenhuma construção real entre os trabalhadores, com objetivo único de fortalecer a candidatura Lula-Alckmin, em torno de um acordo entre eles e a burocracia sindical.

Veja a fala de Carolina Cacau direto do ato, sobre a importância de apoiar as greves dos trabalhadores como a dos garis do Rio que se enfrentaram com os patrões, os governos, o judiciário e a mídia e não se aliando com a direita golpista como a chapa Lula-Alckmin como parte de derrotar o governo de Bolsonaro e Mourão:

Nós do Esquerda Diário temos defendido em cada local de trabalho e estudo a importância de unificar as lutas em curso, e o que os trabalhadores e a juventude retomem as ruas contra Bolsonaro e Mourão, mas para fortalecer nossa organização com independência de classe, fortalecer as lutas dos trabalhadores que estão em curso, batalharmos pelo reajuste mensal dos salários junto com a inflação, por uma Petrobras 100% estatal e sob controle dos trabalhadores. Para batalhar contra o aumento dos combustíveis e do gás, pela revogação integral da reforma trabalhista, e de todos os ataques que pesam sobre as nossas costas.

Defendemos que não é apoiando a conciliação de classe com a burguesia, e sim com a nossa organização independente, que podemos conquistar essas medidas urgentes, e foi com essa perspectiva que estivemos nos atos de hoje compondo os blocos do Polo Socialista Revolucionário.




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