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Manifestação | Basta das privatizações de Tarcísio! Ato em frente à Alesp contra a privatização da Sabesp ocorreu nesta terça

terça-feira 5 de dezembro de 2023 | Edição do dia

O governo Tarcísio está há pouco menos de um mês para completar um ano de mandato no estado de São Paulo. Esse aniversário tem como comemoração fúnebre os amplos projetos privatistas que o bolsonarista busca emplacar nas empresas estatais dos mais fundamentais setores, como o Metrô, a CPTM e a Sabesp.

A mobilização dos trabalhadores, juntamente com os setores oprimidos da classe trabalhadora e os estudantes do estado é a única resposta a esse ataque vigente à qualidade de vida e o acesso à recursos por parte da classe trabalhadora, visto que o governador tem total aval de ação por parte do Governo Lula, isento de qualquer crítica ao projeto privatista e de avanço do neoliberalismo no estado. Na realidade o governo federal atua em uma frente semelhante, promovendo a privatização de presídios e buscando uma política de redução de gastos (com coisas pouco importantes, como educação e saúde) por meio do arcabouço fiscal. O que só escancara as contradições da conciliação de classes, que inevitavelmente fortalecer a extrema-direita.

Nesta terça, dia 5 de dezembro, às 14 horas, ocorreu um ato na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) contra a privatização da Sabesp, mais uma mobilização que se tornou cotidiana para exigir essa demanda tão necessária ao governo, que se mascara em uma demagogia de que a população apoia a privatização, quando o mesmo já foi desmentido ao vivo em rede nacional na greve do dia 3/10.

Esse ato surge no marco e a partir da grande força que as paralisações dos metroviários, ferroviários e sabespianos, que protagonizaram esse segundo semestre de 2023, como foi no dia 3. Uma luta tão forte que foi organizada em cada local de trabalho e cercada de uma forte solidariedade da população. Foram diversos dias de debate político, assembleias e piquetes que foram fundamentais na luta contra esses ataques, que encontraram apoio da população que também sofre pela política neoliberal e a serviço da burguesia.

O ato, chamado pela Sintaema (Sindicato dos trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), conta com a presença de outros sindicatos protagonistas na luta contra as privatizações, estudantes e trabalhadores de diversos setores, buscando promover essa luta contra uma falsa resposta liberal à melhorias da qualidade de vida da classe trabalhadora. Importante lembrar que o mesmo governo que planeja a privatização dessas empresas tão fundamentais à vida, é aquele que legitima e incentiva a polícia assassina do estado, responsável pela Chacina do Guarujá em junho desse ano.

A Sabesp, uma das maiores empresas em saneamento do mundo, fundada em 1973, atua em mais de 350 municípios fornecendo água, coleta e tratamento de esgoto para mais de 28,4 milhões de pessoas. O projeto de Tarcísio e da extrema-direita é colocar essa empresa tão importante na mão cheia das oscilações e dos interesses privados do mercado financeiro, permitindo que riscos como o aumento de tarifas da água e a desigualdade no acesso à água tratada e esgoto estourem: e mais, tudo isso a serviço da iniciativa privada e de uma promessa infinita de lucratividade.

Esse ato de hoje é importante para responder a esses ataques, e fomentar a mobilização dos trabalhadores como a ponta de lança no combate à extrema-direita e a privatização de nossas vidas. E essas mobilizações coincidem com a forte força que os trabalhadores demonstraram nesse processo de luta por meio de suas paralisações. A organização dessas lutas cotidianas em cada local de trabalho fundamenta uma força que realça na real saída para a precarização dessas empresas, e que a luta pelas estatais não é pela privatização, e sim por uma Sabesp, pelo CPTM e pelo Metrô 100% estatais, a serviço dos trabalhadores, que da mesma forma que organizou a luta desde a base, são quem verdadeiramente entendem quais são as necessidades do funcionamento da empresa e quem realmente produz e garante serviços essenciais à população.

Que a mobilização dos trabalhadores, estudantes e setores oprimidos constranjam a extrema-direita de Tarcísio e as privatizações do seu governo! Por uma Sabesp 100% pública, estatal e gerida pelos trabalhadores e pela população.




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