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PRIVATIZAÇÃO | Bolsonaro entrega a Eletrobrás e mais de mil funcionários serão demitidos até dezembro

Bolsonaro assina nesta terça-feira o projeto de lei que autoriza a venda da Eletrobrás, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, com o governo entreguista se orgulhando de vender por R$ 16 bilhões uma empresa cuja lucratividade anual é de mais de R$ 10 bilhões. Enquanto isso, além do PDV, a empresa planeja demitir 1.681 funcionários até dezembro.

terça-feira 5 de novembro de 2019 | Edição do dia

Em uma cerimônia de comemoração aos 300 dias de governo, Bolsonaro segue em frente com o plano de vender uma empresa de infraestrutura com importância estratégica fundamental para a soberania nacional, colocando o controle da geração e distribuição de quase toda energia elétrica do país nas mãos de grupos estrangeiros. Além disso, o montante que o governo pretende arrecadar, R$16 bilhões, chega a ser irrisório diante de toda capacidade instalada ao longo de todo território nacional que esta empresa possui, além da lucratividade anual superior aos R$10 bilhões.

Ou seja, a empresa será vendida pelo valor que ela arrecada em pouco mais de um ano. Realmente não há limites até onde o governo de Bolsonaro pode ir para se submeter ao imperialismo e a sanha do capital.

Para Guedes e seus abutres não basta vender a galinha dos ovos de ouro a preço de banana, é preciso depená-la viva para causar mais dor. Enquanto a venda não é concluída, o governo segue aplicando na Eletrobrás um plano de redução do contingente, tendo anunciado, além do PDV para 12,5 mil funcionários, a demissão de pelo menos 1.681 trabalhadores, que serão jogados na rua em meio a crise, sob a justificativa de torná-la mais atraente para o mercado.

É importante lembrar que poder judiciário cumpriu um papel importante nisso, pois foi o Tribunal Superior do Trabalho que intermediou o acordo coletivo que permitiu esse ataque aos trabalhadores da Petrobrás. Basta de ilusões com a justiça burguesa!

A agenda neoliberal entreguista de Bolsonaro e Guedes segue impune em meio ao silêncio ensurdecedor das centrais sindicais, que poderiam estar organizando a força da classe trabalhadora para barrar esses ataques, como está acontecendo neste momento em outros países da América Latina, como o Chile. Mas no Brasil a esquerda reformista prefere recuar e se preparar para uma disputa eleitoral no marco de um regime que cada vez mais se fecha e se tornar ainda menos democrático.

É preciso organizar a luta desde a base, não apenas para impedir esta privatização, mas também para construir um movimento da juventude e da classe trabalhadora na rua, que assim como no Chile, seja capaz de questionar esse regime político como um todo.




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