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CRISE SANITÁRIA | Brasil registra 915 óbitos por Covid em 24h, o número mais alto em 3 meses

Entre segunda e terça feira dessa semana, o Brasil registrou o número mais alto de mortes por COVID-19 em um dia dos últimos três meses. O país tem agora mais de 182.800 óbitos da pandemia.

quarta-feira 16 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Com base nos dados das secretarias estaduais de saúde, o consórcio de veículos de imprensa divulgou ontem, 15, que o Brasil teve a maior marca de mortes por Covid em 24 horas desde 16 de setembro, quando foram registradas 967 óbitos. Isso levou o país ontem à marca de 182.854 vidas perdidas pela pandemia e confirma a tendência de aumento na média móvel de mortes, que em 7 dias foi de 667 – maior índice desde 2 de outubro, quando foi registrado o número de 675.

A quantidade de casos indica estabilidade nas últimas três semanas. No último dia foram 44.849 novos diagnósticos, com a média móvel nos últimos 7 dias sendo registrada em 42.620 casos – uma variação de +11% com relação às duas semanas anteriores. Desde o início da pandemia foram registrados 6.974.258 pessoas contaminadas pela COVID-19, em que pesa a grande subnotificação pela falta e desperdício de testes.

Relembre: Número de testes de covid-19 parados e estragando é maior do que os realizados pelo governo Bolsonaro

Segundo análises do G1, 18 estados e o DF estão em crescimento do número de mortes, 5 em estabilização e 3 em queda. São eles: PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, MS, MT, AC, AP, RR, AL, BA, PB, PE, RN e SE em alta; GO, PA, RO, TO e PI em estabilização; e AM, CE e MA em queda.

Frente à alta dos casos, o governo Bolsonaro e dos demais atores do regime político golpista, como os governadores, o Congresso e o STF, não sinalizam nenhuma medida efetiva para impedir os efeitos drásticos de uma segunda onda da pandemia no Brasil. No último dia 8 a Câmara aprovou o texto da PEC do orçamento de guerra, que é na verdade uma declaração de guerra em defesa dos grandes empresários e dos bancos.

Saiba mais: PEC do orçamento de guerra: contra quem é a guerra?

O debate sobre a vacinação contra a COVID-19 tomou os meios de comunicação nos últimos dias e há grande expectativa nesta medida como solução da pandemia. No entanto, o próprio governo pretende livrar a si e a indústria farmacêutica de possíveis efeitos colaterais de uma vacina, mostrando que uma resposta à crise sanitária só pode ser dada com o protagonismo dos trabalhadores da saúde e de outras áreas, unificados com a população para impor medidas radicais para que haja vacina segura e condições sanitárias para todos.

Veja também: Vacina e medidas sanitárias para todos, contra Doria, Bolsonaro e a sede de lucro capitalista




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