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Campanha salarial metrô SP | Empresa nega negociação e metroviários iniciam luta contra plano Antigreve do governo

Paralelamente à negativa de negociar com o Sindicato, a direção do Metrô, estabelece um plano antigreve, ilegal, que fere o direito de greve e coloca em risco a população, para impedir que os metroviários lutem por seus direitos e contra a privatização. Operadores de trem e do console do centro operacional, iniciaram uma luta contra a aplicação do treinamento de chefes e supervisores e agora a chefia vem assediando e ameaçando punições. Os operadores seguem firmes e mobilizados. É necessária a realização de uma assembleia da categoria para organizar a nossa mobilização.

terça-feira 9 de maio de 2023 | Edição do dia

Realizamos uma importante greve que impôs a primeira derrota a Tarcisio de Freitas. Foi uma enorme demonstração de força e organização, que nos colocou em boas condições de avançar na luta contra a privatização e a terceirização. Conquistamos uma importante posição frente a população quando nos dispomos a trabalhar com as catracas abertas e expomos ao ridículo o governador que saiu como mentiroso por não cumprir com liberação das catracas.

O plano do Metrô de treinar chefes para furar greve, vem em resposta a tudo isso, para buscar enfraquecer a categoria contra os ataques privatizadores que vem sendo aplicados no Metrô como o desmonte e a terceirização de diversas áreas da manutenção, a dramática falta de quadro das estações, a privatização de linhas, e ataque aos direitos dos trabalhadores como a retirada do adicional de periculosidade de diversas áreas, e busca nos enfraquecer na campanha salarial que se abre agora.

Os operadores de trem responderam à ofensiva do Metrô com um abaixo assinado, que conta com mais de 500 assinaturas, e tem se recusado a colaborar com os treinamentos dos fura greves como tem sido exigido pelas chefias. Veja abaixo a votação contra o plano de contingência dos operadores da linha 01 azul e 02 verde.

Setorial de operadores de trem da linha 01 decidem por se negar a dar treinamento às chefias

Setorial de operadores da linha 02 decidindo contra o plano de contingencia

Operadores de trem da linha 03 exercendo seu direito de recusa ao treinamento para furar greve

Nossa campanha salarial já começou com a negativa da empresa em negociar e na tentativa da implantação desse plano antigreve. Essa mobilização é continuidade da nossa luta contra a privatização e todos os ataques, continuidade da batalha que foi nossa greve, que se mostrou a decisão mais correta e que demonstrou que é pela luta mobilização que vamos derrotar os planos de Tarcísio e do Metrô.

As supervisões dos tráfegos endureceram e começaram a assediar os operadores com ameaças e algumas punições verbais para tentar desmobilizar e quebrar e resistência dos trabalhadores para garantir o treinamento das chefias, mas os operadores seguem firmes na recusa.

Trabalhadores da manutenção do pátio Jabaquara realizaram um café com vizinho na área onde declararam seu apoio à luta dos operadores de trem e pressionando a companhia a negociar. (vídeo da manutenção)

É preciso marcar com urgência uma nova assembleia que estabeleça um plano de luta de toda a categoria em apoio à luta dos operadores de trem com setoriais em todas as áreas e medidas de solidariedade à luta contra o plano de contingência.

A luta contra o plano de contingência é o centro da batalha hoje contra o Metrô e o governo Tarcísio que já ameaçou privatizar toda a CPTM e a SABESP. Mas tivemos uma primeira vitória sobre esse governo com nossa greve que nos deixou melhor posicionado para lutar.

Temos que partir da posição conquistada junto no tema da catraca livre para avançar na aliança com a população , defendendo as demandas mais sentidas por esta. Defendendo um transporte de qualidade, contra o preço abusivo das passagens, o fim da terceirização e toda a precarização do transporte e do trabalho, para seguir conquistando esse importante aliado para nossa luta.

Fazer um chamado forte aos ferroviários e também a outros setores que estão sendo ameaçados pela privatização, como é o caso da Sabesp de que é necessária a unidade pela base desde já, com nossos próprios métodos de luta, para barrar as privatizações em SP, articulando um comitê de luta entre esses setores, com delegados eleitos na base de cada categoria. E também avançar na nossa defesa por direitos elementares aos terceirizados que trabalham conosco no dia a dia, como o direito aoo bilhete de serviço, assim como a efetivação de todos que já prestam serviço para o Metrô ao quadro efetivo de funcionários, sem necessidade de concurso público. Uma importante demanda que é parte da nossa pauta de reivindicação nessa campanha salarial.

Para sairmos vitoriosos nessa luta precisamos acreditar nas nossas próprias forças como fizemos na greve, e da mais completa independência de classe, que passa por lutarmos com todas nossas forças para derrotarmos o governo de extrema direita do Tarcísio mas também é preciso que nossa luta seja independente do governo de Lula/Alckmin, que privatizou o Metrô de BH, avança na privatização do Metrô de Recife, não revogou a reforma do novo ensino médio e também já se comprometeu em não revogar nenhuma reforma contra os trabalhadores como a Trabalhista, o que demonstra que a política de conciliação de classe deste governo só favorece os capitalistas e seus interesses.




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