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Greve merendeiras | Com merenda reduzida por Bolsonaro, merendeiras fazem greve em Natal para receber salário

Merendeiras em Natal, RN, entram em greve por pagamentos de salários que estão congelados há 7 anos e atrasados por mais de três meses. A categoria das merendeiras em Natal é terceirizada, com as empresas sendo contratadas pela prefeitura, na qual a atual gestão é de Álvaro Dias do PSDB que no Estado aplica os ataques de acordo com o projeto de país de Bolsonaro, dos capitalistas, da direita e da extrema-direita.

Emilly VitoriaEstudante de ciências sociais na UFRN e Militante da Faísca Revolucionária

segunda-feira 19 de setembro de 2022 | Edição do dia

O prefeito é o responsável pelo atraso e não pagamento dos salários e do vale-refeição, sendo conivente com a empresa terceirizada, a SERVNEWS, e com a terceirização do trabalho, enquanto aumenta o próprio salário e arrocha o dos trabalhadores da educação. A terceirização é parte da precarização do trabalho e também do ensino, que aprofundou-se com as reformas e ajustes econômicos, deixando famílias inteiras passando fome e mães tendo que buscar as crianças mais cedo nas escolas. Em Natal, o bolsonarista Rogério Marinho, candidato ao Senado pelo PL, é nada menos que proprietário de algumas das empresas de contrato terceirizado utilizado na educação.

Essa situação que se combina com a falta de merenda nas escolas devido ao veto de Bolsonaro aos reajustes nas verbas destinadas à alimentação nas escolas públicas do valor que seria repassado aos Estados e Municípios. Isso afeta brutalmente a alimentação de jovens e crianças no país inteiro, como vimos com os casos de crianças sendo carimbadas no DF para não repetirem refeições. A contradição fica evidente com o Brasil sendo o país que mais exporta alimentos no mundo, enquanto os níveis de insegurança alimentar só aumentam, com a precarização e a crise sendo descontada nas costas dos trabalhadores e na comida das crianças em idade escolar e com 33,1 milhões de brasileiros passando fome.

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Assim, é essencial cercar de solidariedade a greve das trabalhadoras e merendeiras, mas também batalhar avidamente pela revogação da reforma trabalhista e da previdência que retira os direitos dos trabalhadores, bem como pela efetivação imediata das trabalhadoras sem necessidade de concurso público. É preciso se enfrentar com Bolsonaro, Álvaro Dias e toda essa corja reacionária que ataca a classe trabalhadora com um programa que atenda as necessidades mais urgentes dos trabalhadores, juventude e setores oprimidos, a partir de uma perspectiva de independência de classe que não aposte na conciliação, como faz o PT com a chapa Lula-Alckmin, sendo o próprio vice conhecido por ser ladrão de merenda quando foi gestão em São Paulo. Além disso, lutar pelo não pagamento da dívida pública e pelo fim da Lei do Teto de Gastos que retira recursos que deveriam ser destinados à saúde e à educação para dar lucro aos banqueiros e empresários.




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