×

Metrô BH | Comprador do metrô de BH já foi condenado por assassinatos e explorou trabalho escravo

O empresário Nenê Constantino pagou um valor irrisório pelo Metrô de Belo Horizonte, em privatização autorizada por Lula e Alckmin e que irá significar um ataque aos trabalhadores metroviários. Além disso, o empresário já é condenado por dois homicídios e já fez uso de trabalho escravo.

sábado 4 de março de 2023 | Edição do dia
(Foto: Agência Brasil)

O leilão do metrô foi ganho pelo grupo Comporte, do bilionário Nenê Constantino, que pagou apenas R$ 25 milhões pelo sistema, que receberá mais de R$ 3 bilhões em investimento público na construção.

Em 2003, foram encontrados cerca de 200 trabalhadores em condições análogas a escravidão na Fazenda Tabuleiro, que fica na Bahia e pertence a Constantino. Além disso, ele chegou a ser condenado como mandante de dois homicídios no DF, em 2001: um de um líder comunitário e outro de um motorista de ônibus de sua própria empresa. O julgamento, realizado em 2017, concluiu que os homicídios tinham acontecido para “alcançar o objetivo patrimonial em favor de Constantino.”

O leilão foi realizado no final de 2022, pelo Ministério da Economia. No entanto, mesmo antes do fim do ano, o vice-presidente Geraldo Alckmin entrou em contato com o governador Romeu Zema para dar o aval para a privatização.

Os metroviários de Belo Horizonte estão greve total desde 14 de fevereiro. No dia 28/02, os metroviários fizeram um ato em Brasília onde foram recebidos pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República) que reafirmaram o compromisso com a privatização. Com seus empregos ameaçados, e centenas de famílias que podem perder seu sustento, os metroviários conseguiram uma reunião com o Ministério Público do Trabalho para a data de 08 de março.

A assinatura do contrato de concessão está prevista para o dia 10 de março. Desde o leilão até a assinatura do contrato, o governo Lula tem demonstrado seu total comprometimento com a privatização do Metrô de Belo Horizonte, que foi vendido a preço de banana para um empresário que já fez uso de trabalho escravo e foi condenado por homicídios, em um processo que irá representar um forte ataque aos direitos dos trabalhadores metroviários e uma piora da qualidade do serviço prestado a população mineira.

No dia 03/03, o sindicato dos metroviários fez uma coletiva de imprensa detalhando os próximos passos da luta contra a privatização. E em assembleia realizada na mesma data os metroviários votaram pela continuidade da greve em defesa dos empregos e contra a privatização.

Flavia Valle também se pronunciou nas redes sociais.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias