Cristina Santos, direto do bairro do Pinheiro, afetado pela tragédia e que teve sua população evacuada, fala sobre a situação dos moradores diante da tragédia capitalista da Braskem, e também o descaso dos governos no estado e federal diante da situação de emergência
sábado 9 de dezembro de 2023 | Edição do dia
Hoje o Esquerda Diário esteve em Maceió, cobrindo a tragédia capitalista que a cidade vem atravessando, não de agora, mas pelo menos desde 2018, quando as primeiras rachaduras começaram a aparecer. A empresa já tinha estudos que mostravam a possibilidade de colapso do solo há quase 40 anos e seguiu com a exploração.
Hoje, 5 bairros de Maceió estão afundando devido a mineração criminosa de sal-gema realizada pela Braskem. Os capitalistas e seus políticos são responsáveis.
Já em meados dos anos 70, o governo da ditadura militar não apenas sabia dos riscos de colapso da mineração, como também perseguiu e espionou militantes e jornalistas que se mobilizavam contra a mineração.
Mais de 14 mil famílias tiveram que perder suas casas e deixar para trás parte de sua história. Os governos são coniventes com a multinacional, que além de ter seus membros dentro do parlamento a partir do financiamento de campanhas, também controla os meios de comunicação local.
Lula faz demagogia verde na COP28 ao lado de petroleiras e grandes poluidores como a Braskem e a Vale, enquanto aliados do governo Lula rechaçam, ao lado de Lira (PP-AL), a possibilidade de uma CPI da Braskem.
É urgente a expropriação da Braskem sob controle dos trabalhadores, o fim da repressão contra as famílias e um plano de obras públicas que garanta moradia segura para todos os afetados.
