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Educação MG | Depois de atrasar salário da educação, Pimentel quer que designados trabalhem de graça

Zuca FalcãoProfessora da rede pública de MG

quarta-feira 28 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Os servidores da educação em Minas Gerais vivem uma situação lastimável onde, além da péssima estrutura de trabalho nas escolas e sucateamento do IPSEMG, se vêem com problemas financeiros devido a atrasos no pagamento de seus salários. O governo petista de Fernando Pimentel há muito tempo vem atrasando o salário dos servidores, parcelando o pagamento e chegou a parcelar o décimo terceiro de quatro vezes em 2017.

Mas os ataques de Pimentel não se resumem a isso. Os trabalhadores designados, categoria que já sofre bastante com a precarização, agora vão ter que trabalhar de graça para o governo do estado. Ao adiar o início das aulas para a segunda metade de fevereiro e não nos primeiros dias do referido mês como era antes, o governo claramente executou uma manobra ao firmar os contratos designados e atribuir as extensões dos contratados depois do fechamento da folha de fevereiro. De modo que o primeiro pagamento do salário fosse somente em abril, ou seja, os trabalhadores só vão receber o primeiro salário ou as extensões dois meses após o início do trabalho. Porém, os dez dias letivos que correspondem ao período de duas semanas de adiamento serão compensados em sábados, mas se o contrato dos designados e consequentemente, o pagamento deste, foram pautados para quinze dias a menos de trabalho, é extremamente injusto que os trabalhadores reponham esses dias no sábado, uma vez que não vão receber por eles.

O governo de Minas Gerais, sob o comando do petista Fernando Pimentel, ao mesmo tempo em que atrasa os pagamentos dos servidores da educação, exige dos designados que trabalhem de graça em pleno fim de semana, permite o sucateamento das escolas e do serviço de saúde que atende os servidores, mantém os privilégios dos políticos e prioriza o enriquecimento de banqueiros e empresários por meio de isenções milionárias, além de realizar com prioridade o pagamento dos policiais, para fortalecer as forças de repressão, tão necessárias a esse governo para combater a mobilização dos trabalhadores, como em dezembro de 2017 quando os funcionários da educação foram recebidos pela tropa de choque na cidade administrativa. Essa situação deve se aprofundar nesse ano devido aos anúncios do governo de déficit no orçamento de 2018.

Não é mais possível que o governo petista siga descarregando a crise na saúde e educação, enquanto faz propaganda enganosa nas TVs como se em Minas os serviços públicos básicos da população não estivessem sendo alvo de cortes e sucateamento.

Os trabalhadores precisam se organizar desde a base, com representantes eleitos e junto às subsedes organizar comitês de base dos trabalhadores da educação para haver uma verdadeira preparação da greve, o que não foi feita até agora pelo SindUTE-MG. Exigimos das centrais sindicais em Minas Gerais, em primeiro lugar da CUT, que convoque um plano de luta unificado com outras categorias contra os ataques de Pimentel. Barrando esses ataques em Minas podemos fortalecer a luta contra os ataques do governo golpista de Temer.

créditos da foto: Flávio Tavares




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