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ARGENTINA 24J | Dezenas de cidades do mundo fazem atos em apoio à paralisação nacional Argentina contra Milei

Esse dia 24 de Janeiro está sendo marcado por um dia de paralisação nacional e manifestações massivas contra o governo de extrema-direita de Javier Milei e seu plano de ataques, através da Lei Ônibus e do Decreto de Necessidade de Urgência. Barcelona, Madrid, Berlim, Montevideo, Assunção, Santiago, Caracas são algumas cidades que realizaram manifestações em embaixadas e nas ruas em solidariedade à luta do povo argentino. Até o final do dia, estão programadas manifestações em outros países do mundo. Siga acompanhando a cobertura internacionalista do Esquerda Diário.

quarta-feira 24 de janeiro | Edição do dia

Manifestantes em frente a Embaixada Argentina em Berlim, Alemanha [Fonte: Agencia El Vigia]

Sindicatos e organizações de esquerda ao redor do mundo organizam ações nas ruas e em frente às embaixadas argentinas de seus países, denunciando o plano de ajustes pró-empresarial de Milei, condensada na chama “Lei Ônibus”, assim como no Decreto de Necessidade de Urgência (DNU) anunciado no final de 2023. Além de uma reforma trabalhista histórica, que avança contra direitos conquistados por anos de luta dos trabalhadores, essas medidas incluem um pacote de isenções fiscais, bônus, privatizações e 37 estatais, entre uma série de outras medidas. Ataca ainda as aposentadorias, libera o aumento dos alugueis, golpeia os setores da cultura, que através de Assembleias de Bairro e coletivos culturais, se integram às manifestações do dia de hoje.
Incluem ainda a concessão de poderes ditatoriais a Milei por 1 ano (que pode ser prorrogado), de realizar medidas legislativas por decreto, além da perseguição ao direito de manifestação, de greves, chantageando setores da população que dependem de auxílios do governo. Medidas que buscam aprofundar o protocolo de segurança da ministra Patrícia Bullrich, que armou um enorme aparato repressivo contra os manifestantes hoje.

A impressionante solidariedade internacional à luta do povo argentino fortalece a jornada de manifestações massivas e paralisações em portos, aeroportos, fábricas de automóveis, entre outras unidades de trabalho, para frear os planos da ultradireita de Milei. A derrota desses ataques e a política repressiva de Milei é decisiva para barrar o fortalecimento da extrema-direita nesse país e em todo o mundo, em especial na América Latina, que tem Bolsonaro como um de seus expoentes.

Acompanhe esta matéria para saber minuto a minuto onde estão ocorrendo os atos de solidariedade

Barcelona

A esquerda sindical e política catalã e a comunidade argentina realizaram duas concentrações. Sindicatos como a Intersindical Alternativa da Catalunha, grupos da comunidade argentina como a Maré Verde da Catalunha ou o Casal Argentino de Barcelona e grupos políticos como a CUP, a Corrente Revolucionária dos Trabalhadores - que faz parte da mesma corrente internacional da Argentina PTS, ou Luta Internacionalista, convocaram a uma manifestação em apoio à luta contra o ataque histórico de Milei e seu rumo autoritário.

À tarde, na Plaza Sant Jaume, foi realizada uma nova concentração convocada por outros grupos da comunidade argentina na Catalunha, como HIJOS ou a plataforma ARG de migrantes.

Madrid

Também no Estado Espanhol, na cidade de Madrid, convocado por organizações de direitos humanos, sindicatos, organizações feministas e argentinos residentes no exterior, juntamente com organizações de esquerda. O comício foi realizado em frente ao Ministério das Relações Exteriores (Plaza de la Provincia).

Em comunicado, os organizadores denunciavam que, desde que assumiu a presidência do governo argentino, Milei “tem promovido um verdadeiro choque de ajustes fiscais: desvalorização, liberalização de preços, milhares de demissões no Estado e tarifas para todos os serviços públicos, os quais aspira a privatizar. Hoje a inflação chega a 35% e a pobreza a 60%.”
Entre os slogans da manifestação estão: “Abaixo o ataque de Milei, dos empregadores e do FMI” e “Plano de luta, assembleias e greve geral para derrotá-los”.

Entre as organizações organizadoras estavam a Corrente Revolucionária de Trabalhadores (CRT), Casapueblos, Solidaridad Obrera, Co.Bas, Alternativa Sindical de Class; Contracorriente, Pan y Rosas, Corriente Roja, Feministas contra Milei, Ateneo Republicano de Vallekas.

França

Na França, foram convocadas ações em Paris e Toulouse. Em Paris, a Intersindical, que agrupa entre outros a CGT, a CFDT, a FO e os Solidaires, mobilizou-se na embaixada argentina. Organizações de argentinos na França e organizações de esquerda como a Revolution Permanente também se reuniram e participaram.

Toulouse

“Todo mundo odeia Javier Milei”, cantaram em Toulouse os presentes no evento que começou às 17h30, horário local, convocado pela Assembleia de apoio à luta do povo argentino.

Bélgica

Em Bruxelas, a Federação Geral do Trabalho apelou à mobilização em solidariedade com os trabalhadores argentinos no La Palce de la Monnaie, às 17h30.

Alemanha

Em Berlim, na Alemanha, os manifestantes se reuniram em frente a Embaixada Argentina aos gritos de “Não à DNU, Não à Lei Ônibus”. Os companheiros do jornal Klasse Gegen Klasse, parte da rede internacional do Esquerda Diário, estiveram presentes na manifestação

Venezuela

Em Caracas, várias organizações e ativistas de esquerda convocaram um piquete no dia 24 de Janeiro em solidariedade com a classe trabalhadora e o povo da Argentina e a sua luta contra o ataque histórico de Milei e o seu projeto autoritário. A manifestação aconteceu às 10h da manhã em frente à embaixada argentina em Caracas.

Entre os organizadores estavam grupos do Espacio Encuentro por los Derechos del Pueblo e outras organizações políticas de esquerda, bem como ativistas. Entre eles o Partido Comunista da Venezuela (PCV), Partido Socialismo e Liberdade (PSL), Marea Socialista (MS), a organização PPT-APR, Luta de Classes, Liga dos Trabalhadores pelo Socialismo (LTS), entre outras organizações.

Bolívia

Em La Paz, foi realizada uma ação unitária entre diferentes organizações às 11h da manhã na Plaza del Bicentenario e depois marcharam até o consulado argentino.

Também foram realizadas ações em outros departamentos da Bolívia, como Tarija, Sucre, Cochabamba e Santa Cruz, onde marcharam sob os lemas: “Da Bolívia, contra a direita na região: Todos nós paramos Milei, de todas as latitudes!” – “Abaixo o DNU e a Lei Omnibus!”

Uruguai

Em Montevidéu sentiu-se o apoio à greve e à luta na Argentina contra o governo ajustador e repressivo de Milei.

A convocação do Sindicato dos Trabalhadores PIT-CNT ocorreu em frente à Embaixada da Argentina às 13h. Apesar da cerca policial, o dia transbordou de entusiasmo, com aplausos e canções alusivas à luta argentina, chegando a certo ponto a bloquear a rua onde fica a embaixada.

A convocatória PIT-CNT faz parte das diversas ações que serão realizadas hoje em Montevidéu: a partir das 19h um grupo de organizações sociais realizará uma atividade onde será lida uma proclamação, haverá um microfone aberto e será terminar com vários shows culturais.

Chile

Na capital chilena, Santiago, foi realizada uma ação cultural e protesto em frente a Embaixada Argentina, denunciando os ataques de Milei, convocado por sindicatos e organizações de esquerda. O jornal La Izquierda Diário Chile e o Partido de Trabalhadores Revolucionário fizeram parte da convocatória desse ato.

Paraguai

Na capital do Paraguai, Assunção, dezenas de manifestantes protestaram junto aos irmãos argentinos contra a extrema-direita e seus ataques na região

Itália

Em Roma, na Itália, centenas de manifestantes italianos, argentinos que moram na região, se reuniam na Embaixada Argentina para denunciar o governo de Javier Milei.

Também aconteceram atos na Cidade do México, Nove Yorque, e em cinco grandes cidades brasileiras, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Siga acompanhando o Esquerda Diário para mais informações direto das ruas e locais de trabalho da Argentina




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