Mesmo com o crescente aumento dos casos pelo Brasil, sendo SP o estado mais atingido, o transporte público na região metropolitana continua a deixar a saúde dos seus usuários e trabalhadores em alto grau de risco de contágio ao formar aglomerações.
segunda-feira 4 de maio de 2020 | Edição do dia
Hoje, as estações da linha 2 do Metrô de São Paulo, antes das 6h30, já formava aglomerações de usuários, o mesmo dentro dos vagões. Mesmo com a utlização de máscaras e todas medidas de proteção individual, é impossível que estes trabalhadores não se coloquem em extremo risco de contágio da Covid-19.
O transporte público paulista segue sendo um dos principais focos de contágio do coronavírus, e de nada adianta todas as medidas necessárias de proteção individual se os governos e empresários deixam à sorte a saúde de milhões de usuários do transporte público paulista.
Ações visando diminuir a circulação de pessoas, como o trânsito induzido na cidade de São Paulo por Covas, se mostra uma medida sem eficiência nenhuma com patrões que obrigam seus trabalhadores de áreas não essenciais a trabalhadorem, seja de carro, ônibus ou metrô.
O Esquerda Diário pontou 6 medidas emergenciais para que o Metrô não seja foco de aglomerações. Para isso, é preciso lutar contra a sua precarização.
1) Contratação imediata de metroviários para preenchimento e ampliação do quadro de funcionários para permitir que o Metrô possa operar na sua capacidade máxima (dentro das medidas de segurança) possibilitando colocar mais trens nas linhas para rodar, contratando mais operadores de trem e consequentemente de metroviários de estação para reduzir a lotação e garantir atendimento eficiente da população, sem que haja sobrecarga de trabalho mesmo no próximo período em que os afastamentos de saúde devem aumentar.
2) Para proteger os metroviários e a população: Garantia de toda cobertura de saúde para todos os funcionários, com igualdade de assistência entre efetivos, terceirizados e contratados, e garantia de teste gratuito para todos que tenham sintoma de gripe
3) Contratação emergencial de mais trabalhadores da limpeza, e que sejam efetivos, para garantir o reforço da limpeza nos trens e estações (pega-mão e corrimão), para não ter sobrecarga de trabalho dos já contratados. Efetivação de todos os funcionários terceirizados, jovens cidadãos e aprendizes e contratados para terem emprego mais digno para atender a população com a qualidade necessária.
4) Disponibilizar em grande quantidade para todos os trabalhadores efetivos e terceirizados, em todos os locais de trabalho:
5) Dar instrução necessária para metroviários e todo quadro de terceirizados e contratados atuar quando passageiros alertarem estar com suspeita do vírus (como fornecimento de máscaras aos usuários quando acharem necessário). Assim como cartazes informativos e novos P.A’s (anúncios sonoros) aos usuários com as medidas preventivas a serem tomadas
6) Criação de uma Comissão Independente de Higiene e Prevenção, com plenos poderes para investigar, consultar e questionar as medidas que são tomadas para a segurança dos trabalhadores e usuários.
Metrô/SP: Por um plano de emergência contra a pandemia imposto pela organização de base!