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Conciliação com militares | Elogiado por Mourão ao cancelar atos sobre a ditadura, Lula abandona também museu dos direitos humanos

Para além de não querer atritos com os militares, Lula busca aproximação. Após orientar a não realização de atos alusivos ao golpe de 1964 e Amilton Mourão dizer que ele está certo, o projeto da criação do Museu da Memória e dos Direitos Humanos não sairá do papel.

quarta-feira 20 de março | Edição do dia

Imagem: Ricardo Stuckert/UOL-PR

A conciliação com os militares avança com uma aproximação cada vez maior de Lula com Tomás Paiva, chefe do exército. Confraternizações com a cúpula do exército e seus familiares, um orçamento farto, inclusive do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para as três forças fazem parte desta relação com aqueles que carregam o legado da ditadura militar.

A Comissão dos Mortos e Desaparecidos da Ditadura extinta no final do governo Bolsonaro também não deve ser retomada. O presidente do Tribunal Superior Militar Joseli Parente Camelo disse que a recriação dessa comissão é algo "completamente desnecessário". O governo de frente ampla de Lula tem fechado acordo com os setores mais reacionários do regime como justificativa isolar Bolsonaro ao mesmo tempo que o STF parte para uma ofensiva se fortalecendo, não deixa de se voltar também contra as greves em curso no país.

A conciliação com a direita, com militares, latifundiários e empresários é o que fortalece a extrema direita. As demandas democráticas dos setores oprimidos e dos trabalhadores são entregues em nome deste pacto político, isso explica o silêncio das grandes centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT. As greves em curso no país, no entanto, apontam o caminho para enfrentar a extrema direita e arrancar nossas demandas.




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