Ontem, o neoliberal Paulo Guedes, ao comentar sobre a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda, admitiu o que todos já sabíamos, que o governo Bolsonaro é corrupto. São inúmeros os escândalos de corrupção que vão desde a compra das vacinas aos esquemas de rachadinhas; a mamata das Forças Armadas. Isso tudo às custas da classe trabalhadora e da população que amargam na miséria.
Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB
sexta-feira 28 de outubro de 2022 | Edição do dia
O debate dos salários e dos impostos está sendo um tema nessa reta final de campanha eleitoral. Faltando três dias para o segundo turno, o ministro da economia, Paulo Guedes, admitiu corrupção no governo Bolsonaro. "Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos", e logo se corrigiu. Um ato falho que revela a realidade desse governo.
Guedes disse isso ao comentar sobre a promessa de Bolsonaro de aumentar a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda, uma promessa que não passam de uma grande demagogia. Visto que Bolsonaro e Guedes sempre batalharam para atacar ainda mais os trabalhadores, o povo pobre e os setores mais oprimidos da sociedade. Com seu pacote neoliberal, aplicaram diversos ajustes como as reformas e os cortes de orçamento. Isso tudo sempre visando garantir os lucros dos empresários e capitalistas.
Querem, de fato, que os trabalhadores e o povo pobre sigam pagando pela crise capitalista, enquanto amargam na fome, no desemprego, com alta da inflação e a retirada de direitos. Sequer houve reajuste dos salários de acordo com a inflação, seguimos com salários de fome. E, Guedes, ainda afirmou na semana passada que quer desvincular o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias do índice da inflação, um absurdo completo. É urgente lutar pelo reajuste salarial de acordo com a inflação e empregos com direitos para todos. Assim como, pela revogação integral das reformas, como a trabalhista e da previdência.
Guedes apenas admitiu o que todos já sabíamos sobre o governo de extrema-direita de Bolsonaro. São inúmeros casos escandalosos de corrupção como com a compra das vacinas e o negacionismo na pandemia que poderia ter evitado milhares de mortes; a compras de dezenas de imóveis com dinheiro vivo;o orçamento secreto com milhões desviados; os desvios de verbas da educação para pastores; os super gastos do Exército e Forças Armadas como com picanha, cerveja, camarão, etc e seus aumentos de salários; os passeios de lancha e viagens de Bolsonaro; sem contar com o esquema absurdo de rachadinhas em que a família Bolsonaro está envolvida.
A lista é imensa e poderia seguir. Mas uma coisa é clara: a situação de miséria que a classe trabalhadora se encontra contrasta com a vida de luxo que a burguesia e os agentes desse Estado capitalista. Fazem farra com o dinheiro público, uma mamata deplorável e sem fim às custas da classe trabalhadora e da população.
Para derrotar o bolsonarismo, a extrema-direita, suas ameaças golpistas e o conjunto das reformas e ataques neoliberais contra os trabalhadores. Precisamos confiar apenas na força da nossa luta e mobilização, os resultados do primeiro turno deixaram claro que a extrema-direita continuará sendo uma força social e política no Brasil. Precisamos enfrentá-los na luta de classes, e a unidade para isso é das e dos trabalhadores junto dos setores oprimidos, jamais junto da direita, da burguesia e nossos inimigos!
