Diante dos abomináveis cortes do governo Bolsonaro, que inclusive ameaçam de fechamento essas instituições, os alunos de institutos federais de ensino técnico e tecnológico, de universidades federais e de cursos de pós-graduação protestaram contra os cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
quarta-feira 19 de outubro de 2022 | Edição do dia
São 8 anos de cortes consecutivos na educação, que se aprofundaram com o golpe institucional de 2016 e o Teto de Gastos, e hoje se expressam na precarização da assistência estudantil, infraestrutura e demissão de terceirizados. Ataques que tiveram uma inflexão com o governo de extrema direita, que intensificaram os cortes para tornar as universidades ainda mais elitista e restritiva.
Por isso centenas de estudantes ocuparam as ruas em Brasília, indo protestar na frente do MEC, assim como na Avenida Paulista em São Paulo, ou em Natal e Porto Alegre onde tiveram grandes atos.
BOLSONARO INIMIGO DA EDUCAÇÃO!
Manifestação em São Paulo contra o roubo de Bolsonaro da verba da educação! #18OPelaEducação pic.twitter.com/9i6mM9RBRA
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) October 18, 2022
A UEE RS e demais entidades seguem na mobilização e amanhã estaremos com Lula. Hoje fomos gigantes nas ruas e dia 30 seremos nas urnas!
Via @uee.rs #ForaBolsonaro #18OPelaEducação #somospelaeducacao pic.twitter.com/5jSTbPQ6bR
— Denise Menezes (@DeniseM77325545) October 19, 2022
Após o anúncio do governo Bolsonaro do corte de mais R$ 2,4 bilhões a revolta dos estudantes provocou de imediato enormes manifestações como na UFBA e na UFAL, que levaram ao recuo parcial do governo. Uma demonstração do medo do governo diante da mobilização estudantil, e de que o ímpeto dos estudantes poderia ter sido organizado de imediato para uma enorme mobilização, como o Tsunami da Educação em 2019, colocando os estudantes como linha de frente do combate à extrema direita.
Entretanto, o que se viu foram atos enfraquecidos, após a convocação com 2 semanas de trégua por parte da UNE, que serviram para esfriar a revolta dos estudantes e permitir o recuo parcial do governo. Por isso, que em diversos estados fizemos o chamado por um plano de lutas para derrotar a extrema direita bolsonarista misógina, os ataques à educação e as reformas com a força da nossa luta! Só a organização dos estudantes, em aliança com os trabalhadores e os setores oprimidos, pode derrotar os cortes e a extrema direita nas ruas.