Estudantes da Escola de Belas Artes da UFMG fizeram intervenção contra o projeto apelidado de Escola sem partido, que na verdade visa impor a censura nas salas de aula, aprovado em primeira instância na noite de ontem (14) na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
quarta-feira 16 de outubro de 2019 | Edição do dia
Após episódios de agressão a professores na semana passada pela polícia na câmara municipal e, ontem, a mesma ter sido sitiada com o impedimento da entrada de manifestantes contrário ao projeto, o mesmo foi aprovado pela reacionária maioria dos vereadores da cidade de Belo Horizonte. O impedimento de entrada de setores populares em manifestação na câmara não ocorria desde a ditadura militar, há 35 anos.
Mesmo assim estudantes secundaristas e universitários ao lado de professores permaneceram sob o sol pressionando do lado de fora contra o projeto de lei 274/17 que, se aprovado nas subsequentes etapas do processo, pode significar que Belo Horizonte seja a primeira cidade do Brasil a aprovar tamanha perseguição à liberdade de crítica de estudantes e professores.
Ao final da tarde de hoje (15), estudantes da Escola de Belas Artes da UFMG interviram no campus entrelaçando uma longa fita vermelha nas árvores do gramado à frente do prédio, pelo qual transitam frequentadores da escola, que levava à (ou saía da) frase que evidenciava seu posicionamento contrário à medida: