Nessa quarta-feira (07), estudantes publicam em suas redes que a UFPEL e a UNIPAMPA estão ocupadas pelo desbloqueio do orçamento e contra os cortes. Essas universidades, junto de outras universidades como UFCSPA, UFPel, FURG, IFRS, IFSul, IF Farroupilha UFSM e UFRGS alegam que há o risco dos cortes afetarem a folha de pagamento dos funcionários, além de também anunciarem que não conseguirão pagar água, luz e salário de terceirizados.
quarta-feira 7 de dezembro de 2022 | Edição do dia
O bloqueio de 1,68 bilhões que Bolsonaro fez à educação, na semana passada, faz estourar ainda mais o colapso das universidades e institutos federais, que sofrem com 8 anos consecutivos de cortes. Ontem (6), a CAPES anunciou que não terá como pagar mais de 200 mil bolsistas residentes, esses que ficarão sem renda ao final do ano e que, devido ao vínculo de bolsista não podem ter nenhum outro vínculo empregatício. A situação é grave, e é somada aos anos de cortes na educação, consequência da dívida pública e do teto de gastos, que estrangulam o orçamento para as despesas para programas sociais, saúde e educação.
Os estudantes da UFPEL e UNIPAMPA mostram o caminho da luta, mobilizando-se, ocupando e paralisando campis da universidade contra os cortes que colapsam a educação pública. Só com a unidade de estudantes e trabalhadores será possível enfrentar os cortes, as reformas e o bolsonarismo. Por isso, desde já é necessário que os DCEs e demais CAs impulsionem uma forte exigência à UNE para que organize a luta dos estudantes pela base para barrar os cortes, bem como pela construção de um dia nacional de luta e mobilização contra a extrema-direita, os cortes e as reformas.
