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Arcabouço Fiscal | Favoritos do FMI: Haddad e Campos Neto ganham prêmio por cortar bilhões da saúde e educação

segunda-feira 16 de outubro de 2023 | Edição do dia

A paz reinante entre o ministro da Economia Fernando Haddad e presidente do Banco Central Campos Neto é resultado de um acordo que beneficia capitalistas e castiga trabalhadores com o arcabouço fiscal, o teto de gastos do governo Lula-Alckmin.

O prêmio foi dado aos dois pela revista LatinFinance. Na ocasião, ambos posaram juntos para a foto, elogiados por trabalhar para valorizar os investimentos estrangeiros e o desmandos do capital imperialista no país:

O clima amistoso é muito diferente daquele vivenciado no primeiro semestre, em que o o governo Lula-Alckmin e o presidente do Banco Central, Campos Neto, travaram uma batalha em torno da taxa de juros. Após Campos Neto atender as solicitações, o clima virou de bonança para os negócios, enquanto a esmagadora maioria do povo tem que se contentar com um reajuste de R$ 18,00 no salário mínimo.

A previsão é de muitos economistas liberais é de que o governo Lula terá que cortar até R$ 53 bilhões do orçamento previsto para 2024. Ou seja, não haverá dinheiro para pagar o piso salarial da categoria da enfermagem, que foram "de heróis da pandemia a vilões da economia" para o governo Lula. O arcabouço é criticado inclusive por economistas da base do PT, estes mesmos afirmam que o arcabouço pouco se difere da orientação econômica dos governo anteriores, com Paulo Guedes ou Joaquim Levy. O PT leva adiante o legado do próprio golpe institucional que sofreu, através de sua política econômica acordada para agradar a grande burguesia nacional e do agronegócio.

Já a dívida pública, cujos juros são pagos fielmente, chega à R$ 6 trilhões em junho de 2023. É para aí que vai o superávit primário tão desejado por Hadadd. Enquanto o pagamento desses juros está na casa das centenas de bilhões, variando de acordo com a taxa de juros do país, indígenas correm o risco de morrer de sede com a seca do Rio Solimões, quase 40% dos brasileiros trabalham na informalidade e quase 35 milhões de pessoas no país não tem acesso à agua tratada, enquanto outros 100 milhões não tem rede de esgoto.

Leia mais: Na festa do Arcabouço só não foram convidados os trabalhadores e os pobres




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