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CRECHES NA USP | Fechamento de vagas nas creches provoca desperdício estimado em R$ 250 mil

Publicamos aqui nota presente no blog da Comissão Creches Mobilizadas USP, composta por pais e funcionários que se organizam pra lutar contra a tentativa do reitor de desmonte e precarização das creches a fim de acabar com o ensino infantil na universidade.

sábado 5 de setembro de 2015 | 01:13

2 DE SETEMBRO DE 2015 COMISSÃO

O fechamento vagas nas cinco Creches/Pré-Escolas da USP vem ocasionando um rombo nas contas da própria universidade. Atualmente, quatro das creches têm condições de receber imediatamente 89 novas crianças, segundo o plano de contingência apresentado por elas no início do ano. Enquanto essas vagas se encontram ociosas, a USP vem gastando desnecessariamente com auxílio-creche.

Além de funcionários das creches e materiais estarem sendo desperdiçados, calcula-se que a universidade já despendeu este ano cerca de R$ 250 mil com benefícios que não precisariam ser pagos.

A universidade é obrigada a pagar auxílio-creche a funcionários e docentes.
Para cada filho de até 5 anos de idade, o requerente recebe R$ 574 por mês. Considerando que, segundo informações da própria SAS, as novas vagas são preenchidas com 40% de filhos de funcionários e 20% de filhos de docentes, 60% dessas 89 vagas seriam preenchidas por quem tem direito ao auxílio, ou 53.

Se multiplicarmos essas 53 vagas por R$ 574,00, temos R$ 30.422,00 gastos pela USP por mês em auxílio-creche desnecessariamente. Portanto, desde fevereiro, quando se iniciou o período letivo, a setembro deste ano, estima-se que a USP já jogou fora R$ 243.376,00.

Enquanto há desperdício de um lado, há encargos para outro. Docentes e funcionários recebem um valor muito baixo para cobrir a mensalidade de uma creche em tempo integral. O valor médio de uma creche particular em São Paulo é de R$ 1.500,00 por mês. Ou seja, funcionários e docentes têm de pagar quase mil reais a mais por mês de creche, enquanto 89 vagas se mantêm ociosas nas creches-modelo da USP.

Ao mesmo tempo, o sistema de creches municipais não é uma opção. Na capital paulista, há atualmente um déficit de mais de 100 mil vagas.




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