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CORTE DE VERBA | Governo Bolsonaro corta benefícios fiscais em 70% e atinge pesquisas da vacina

O corte nos benefícios fiscais foi o maior já visto no Brasil. Novo valor para 2021 não cobre nem os gastos com a vacina.

quarta-feira 27 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Créditos da foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O governo de Jair Bolsonaro cortou benefícios fiscais para pesquisa científica em 2021. Os cortes atingem principalmente as pesquisas referentes à vacina do coronavírus.

A cota de importação de equipamentos e insumos destinados à pesquisa científica foi de US$ 300 milhões em 2020. Esse ano, porém, Jair Bolsonaro anunciou que haveria um corte de cerca de 70% nesse valor, que será reduzido pata US$ 93,29 milhões.

Esse valor é referente a produtos importados de outros países que têm como destino o desenvolvimento de pesquisas científicas no Brasil, ficando livres de impostos de importação.

O valor destinado à cota nesse ano é o menor valor já registrado. Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), essa mudança brusca feita pelo governo em plena pandemia vai afetar diretamente o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.

Segundo o presidente da CNPq, Vilela, a cota prevista pelo governo não supre nem os gastos com o enfrentamento da pandemia: "Em um cenário conservador que considere a manutenção do investimento mensal por 12 meses em 2021, teremos uma demanda total de US$ 108 milhões somente para o combate à Covid-19"

Ainda segundo Vilela, os mais atingidos serão o instituto Butantan e a Fiocruz, que são os principais desenvolvedores da vacina contra a Covid-19. Em 2020, apenas para o desenvolvimento da vacina e o combate do vírus, os dois institutos gastaram o equivalente a US$ 128 milhões.

Bolsonaro só segue com seu perfil negacionista e anticientífico. Ao mesmo tempo em que acaba com o auxílio emergencial, falta oxigênio em Manaus, há uma alta dos casos de Covid-19, Bolsonaro atua mais uma vez para a piora do cenário pandêmico no Brasil, não assegurando sequer a verba mínima necessária para o desenvolvimento da vacina.

A cota prevista para esse ano é cerca de um sétimo da a cota prevista para os anos de 2010 e 2014, por exemplo, em que o Brasil não passava por uma crise sanitária. Enquanto isso, Dória tenta se colocar como oposição a Bolsonaro e defensor da vacina, mas não nos enganemos: o tucano atacou a pesquisa científica inúmeras vezes em São Paulo, com a PL 529, por exemplo, e os cortes na Fapesp.

Jair Bolsonaro e todo seu governo têm sangue nas mãos das centenas de milhares de mortes pelo vírus, e atuam acirradamente para que o número de casos e mortes aumentem cada dia mais.




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