Esse corte estava previsto na Medida Provisória sancionada por Bolsonaro e, segundo os dados apresentados pelo governo, cerca de 15 milhões de pessoas vão receber só três, duas ou uma parcela do auxílio emergencial extensão, de acordo com o tempo que levaram na fila de espera até a aprovação no programa.
terça-feira 29 de setembro de 2020 | Edição do dia
Foto: Roberto Moreyra / Agência Globo
Em coletiva de imprensa nesta terça (29/9), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, explicou nesta terça-feira, 29, que somente quem recebeu a primeira parcela em abril receberá um total de nove parcelas - cinco delas do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, e outras quatro do auxílio emergencial extensão, de R$ 300.
Assim, os beneficiários do auxílio emergencial que receberam a primeira parcela depois de abril receberão menos parcelas do auxílio extensão. Isso porque este benefício vai durar apenas até dezembro deste ano.
"Todas as pessoas receberão as cinco parcelas do auxílio emergencial. Quando o auxílio terminar, elas receberão parcelas do auxílio extensão, até dezembro", afirmou Guimarães.
Uma pessoa que tenha recebido a primeira parcela do auxílio emergencial em maio, por exemplo, receberá cinco parcelas de R$ 600 até setembro. Depois, receberá três parcelas de R$ 300 do auxílio extensão (outubro, novembro e dezembro).
Esse corte estava previsto na Medida Provisória sancionada por Bolsonaro e, segundo os dados apresentados pelo governo, cerca de 15 milhões de pessoas vão receber só três, duas ou uma parcela do auxílio emergencial extensão, de acordo com o tempo que levaram na fila de espera até a aprovação no programa.
Com isso, milhões que tiveram que amargar meses aguardando a aprovação do auxílio, sem qualquer justificativa do governo, agora não vão receber as 4 parcelas de R$ 300,00 que têm direito, a partir da aprovação desse novo auxílio, já reduzido pela metade. Mais uma vez, pelas mãos de Bolsonaro, Guedes e os militares, a classe trabalhadora e a população pobre ficam espremidas entre a fome, o desemprego e a miséria de um lado, e a crise sanitária e sua saúde de outro.
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Com informações da Agência Estado