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Homem branco é o padrão para candidato a prefeito nas maiores cidades do país

Com base nas últimas pesquisas eleitorais, partidos mantiveram a tendência de indicar homens brancos para a disputa.

quarta-feira 14 de outubro de 2020 | Edição do dia

Foto: Reprodução

De acordo com as pesquisas eleitorais, a corrida pelo comando das 95 maiores cidades do país, que concentram 40% da população brasileira, manteve a tendência do maior número das candidaturas serem de homens brancos. Para candidatura feminina, o crescimento da participação de mulheres não se expressou com força, como também a candidatura de negros.

Conforme dados da Justiça Eleitoral, 8 em cada 10 candidatos a prefeito nessas cidades são homens, com destaque para Norte e Nordeste. Se levada em conta a cor declarada da pele, 70% são brancos, com maior prevalência no Sul.

Com recorde este ano, segundo o TSE, das 553,5 mil candidaturas registradas, 33,4% dos concorrentes a prefeito, vice ou vereador são mulheres. Apesar da cota de 30% serem destinadas a candidaturas femininas, foram cumpridas até o momento apenas em cidades menores e em cargos de vice ou nas chapas para vereação. Nem mesmo o Partido da Mulher Brasileira lançou mais mulheres do que homens nos principais cargos, sendo 9 homens de 13 candidatos a prefeito nessas cidades.

Sabe-se que o sistema político é patriarcal. A eleição expressa isso, a cara da degradação capitalista que sustenta essa sociedade de exploração e opressão. Em um país onde as mulheres são maioria da população, no congresso, que é o antro de reacionarismo, não se chega nem a 15% de parlamentares mulheres, mulheres negras menos ainda.

Mas, mesmo com a pouca quantidade de mulheres na política, não necessariamente isso muda a vida desse setor oprimido da população. As mulheres que chegam ao congresso, em sua maioria são representantes das elites mais retrógradas.

O Podcast Feminismo & Marxismo tratou de falar mais sobre esse tema, onde afirmam:

“… Não lutamos para ser uma no poder, mas sim com a força das mulheres nas ruas que vamos conseguir se enfrentar com os ataques desse regime fruto do golpe institucional…”

Os dados gerais também mostram que, pela primeira vez na história, 2% dos candidatos autodeclarados pretos e pardos são maioria aos que se declaram brancos - 50% contra 48%. Em um país com a maior população negra fora da África, totalizando 54% da população sendo negra e parda, escancara o racismo estrutural onde os principais partidos políticos resistem em abrir espaço para candidatos negros.




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