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FEMINICÍDIO | Homem incendeia casa e mata companheira e duas filhas no Norte de Minas

Nesta sexta-feira (02) foi registrado mais um caso de feminicídio em Minas Gerais, um homem incendiou a própria casa e matou a esposa e as duas filhas.

sexta-feira 2 de março de 2018 | Edição do dia

O crime aconteceu no Norte de Minas, na região central de Januária, no bairro Jardim Stela, por volta das 7:15.

Segundo testemunhas, o homem se trancou com a esposa no quarto onde as filhas dormiam, e colocou uma moto na porta para impedir que ela ou as filhas saíssem. Em seguida, o assassino, com uso de gasolina, ateou fogo no quarto. A morte da mulher, as duas filhas e do homem foram confirmadas pelo corpo de bombeiros.

Segundo um relatório elaborado pela ONU, 50% dos assassinatos de mulheres são cometidos por parentes e 33% por companheiros ou ex-companheiros. Em Minas Gerais esses dados se expressam ainda mais forte no cotidiano de medo e insegurança das mulheres, visto que Minas está acima da média nacional em casos de feminicídio e a média de mulheres desempregadas na região metropolitana de BH, também supera a média nacional.

Flavia Valle, professora da rede estadual em MG e ex candidata a vereadora do MRT pelo PSOL, disse:

“É inadmissível que as mulheres continuem morrendo apenas por serem mulheres. Os golpistas vêm para aprofundar essa situação, e sob o governo do PT, não assistimos nenhuma mudança desse quadro de violência no Estado. Ao contrário, a média de mulheres desempregadas por exemplo, supera a média nacional na região metropolitana de BH”.

É preciso reconhecer que o Estado e suas instituições são responsáveis pela morte de centenas de mulheres por abortos clandestinos, que suas forças repressivas, funcionários políticos e judiciais são envolvidos com redes de prostituição, assédio sexual envolvendo crianças e adolescentes, que o Estado também é responsável pelas enfermidades, acidentes e mortes que provocam o trabalho precário, situação em que se encontram mais de 40% das mulheres trabalhadoras do Brasil, e por isso, as militantes do grupo de mulheres Pão e Rosas e do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) acham fundamental expressar a brutal realidade de violência das mulheres e apresentam um Plano de Emergência que achamos que deveria ser defendido por todas as figuras e parlamentares da esquerda.

foto: Imirante

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