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Ataques ao povo indígena | Militares na Funai prometem legalizar garimpo e desmatamento em terras indígenas

O Coordenador Regional da Funai de Barra do Garças, no Mato Grosso, capitão da reserva Álvaro Carvalho Peres, afirmou em reunião fechada que o presidente do órgão, delegado de policía Marcelo Xavier, pretende legalizar o garimpo e a extração de madeira em terras indígenas.

sexta-feira 21 de outubro de 2022 | Edição do dia

O Coordenador Regional da Funai de Barra do Garças, no Mato Grosso, capitão da reserva Álvaro Carvalho Peres, afirmou em reunião fechada que o presidente do órgão, delegado de policía Marcelo Xavier, pretende legalizar o garimpo e a extração de madeira em terras indígenas. Em gravação obtida pelo O Joio e o Trigo em parceria com o Intercept, o capitão da reserva Álvaro Carvalho Peres diz que Xavier está estudando duas instruções normativas: “Uma que permite o indígena a fazer o manejo florestal, vender a madeira, cultivar a madeira. E a segunda é o garimpo em terra indígena, que já existe hoje de forma irregular”.

Esse setor reacionário, os militares, também estão hoje querendo tutelar as eleições em negociação com o judiciário. Desde 2018, com as ameaças de Villas Bôas, quando o STF votava o habeas corpus de Lula, garantindo que as eleições fossem manipuladas e abrindo espaço para Bolsonaro subir ao poder, os militares vem ampliando seus tentáculos sobre o Estado. Graças aos acordos entre TSE e o Ministério da Defesa de Bolsonaro, a alta cúpula das Forças Armadas está tutelando o processo eleitoral. O mesmo STF que aprovou o marco temporal, que ataca profundamente as populações indígenas, como as 11 comunidades do Rio Grande do Norte, um estado governo pelo PT, onde não existe nenhuma terra indígena demarcada.

Marcelo Xavier também defendeu a liberação da mineração nas TIs em entrevista à Rádio Jovem Pan em agosto. Em 2020, o racista Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 191, que abre espaço para atividades de mineração em terras indígenas e coloca a Funai na posição de mediadora entre comunidades indígenas e empreendedores – o PL também prevê compensação financeira e participação das comunidades nos lucros.

Bolsonaro e a extrema-direita avançam ao caminho do desmonte total da Funai. As afirmações do presidente do órgão, Marcelo Xavier, seguindo a agenda bolsonarista com o interesse do agronegócio e do garimpo, tem como objetivo massacrar os povos indígenas.

Eles, junto aos militares, centrão e o STF, que aprovaram o Marco temporal, são inimigos declarados das populações indígenas e são responsáveis pelos assassinatos e crueldades cometidas, como ocorreu com o indigenista Bruno Pereira e jornalista Dom Phillip. Não perdoamos, não esqueceremos.

Para se enfrentar com esses reacionários é necessário seguir da luta dos indígenas que são um dos setores mais combativos nesses anos de governo Bolsonaro e confiar na força da nossa classe e unificar entre indígenas, trabalhadores, estudantes, mulheres, negros e negras pelo fim do garimpo e para arrancar a demarcação das terras indígenas, a reforma agrária radical e derrotar na luta Bolsonaro e os militares, sem confiar na aliança com a direita como faz a chapa Lula e o PT, junto a Alckmin, com o FEBRABAN e a FIESP e a representante do agronegócio Simone Tebet.




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