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TRANSFOBIA | Natalia, assassinada, símbolo da vulnerabilidade social imposta às mulheres trans

quinta-feira 27 de julho de 2017 | Edição do dia

Natália Pimentel foi atropelada intencionalmente por se recusar a fazer um programa por R$17 no domingo, dia 23 de julho, em Várzea Grande, região de Cuiabá, no Mato Grosso e chegou a falecer na terça-feira, dia 25, após sofrer morte cerebral.

Natália, travesti, de 22 anos, e prostituída, foi atropelada por um homem que solicitava seus serviços, segundo testemunhas. Uma colega de vítima relatou que o suspeito ofereceu R$17 pelo "programa". Tanto a vítima quanto a testemunha recusaram e então o suspeito acelerou seu carro no sentido de Natália e a atropelou, propositalmente.

Natália então foi levada a um pronto socorro pela Samu. No dia 25, médicos decretaram sua morte cerebral. O suspeito, acusado de homicídio doloso, não foi identificado.

Esse ocorrido revela, de forma trágica, a total vulnerabilidade em que se encontram as mulheres e pessoas LGBTs em situação de prostituição, especialmente com relação aos homens que as exploram e contratam seus serviços.

No ano passado, 347 pessoas LGBTs foram assassinadas no Brasil, superando todos os outros países. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Trata-se da quinta maior taxa de feminicídio do mundo.




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