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PTS - ARGENTINA | Nicolás del Caño: “A juventude é a mais precarizada mas é parte da nova classe trabalhadora que pode transformar tudo"

quinta-feira 15 de agosto de 2019 | Edição do dia

Reproduzimos em português a entrevista do pré-candidato a presidente da Argentina pela Frente de Izquierda de los Trabajadores - Unidade (da qual o PTS, organização irmã do MRT, faz parte). Como discutimos aqui, as eleições argentinas são um duro revés para Bolsonaro, varrendo o macrismo com um "voto-castigo" na chapa kirchnerista, expressão distorcida do descontentamento popular com um governo agente direto do capital financeiro internacional. A Frente de Izquierda dos Trabajadores - Unidade tem impressionante votação e consolida a esquerda como quarta força nacional, com uma campanha da esquerda unificada contra o FMI e os lucros dos empresários que buscam arrancar cada gota do futuro da juventude, precarizando suas vidas. Entretanto estão criando um exército de jovens trabalhadores que expressam muito ódio por esse sistema de exploração. Nicolás del Caño discute na entrevista algumas dessas ideias a partir do livro que acaba de publicar: “Rebelde ou precarizada. Vida e futuro da juventude em tempos de FMI”.

Nico, o livro saiu. Existem algumas perguntas obrigatórias para começar: como surgiu a ideia, por que este livro?

Bom, a ideia de estudar e refletir a situação da juventude nasceu há algum tempo. Conversas com centenas de garotas e garotos nesses anos, meus próprios trabalhos, as conversas com militantes de diferentes países, me faziam pensar que havia muitas coisas a dizer sobre o assunto. Coisas que não estavam sendo ditas. Até que nos convencemos de que tinha que ser transformado em livro. Um livro urgente pelas razões que explico na introdução: na Argentina e em muitos países do mundo, querem descarregar a crise sobre o povo trabalhador. Já se pode sentir. E observe que 65% dos que foram demitidos nos últimos meses são jovens, assim como a pobreza atinge mais os jovens e adolescentes. Enquanto isso acontece, se vê todos os candidatos dispostos a manter o acordo com o FMI e pagar a dívida. Eu adianto a vocês: eles sacrificarão outra vez as novas gerações para salvar seus negócios. É por isso que acho que Rebelde ou Precarizada é um livro urgente. Então, completando a pergunta, a primeira coisa que tento fazer é uma radiografia de como está a classe trabalhadora hoje e seus setores juvenis em particular. Nos últimos 40 anos, o neoliberalismo tem desencadeado um ataque constante às condições de trabalho e de vida das pessoas. Para recuperar seus níveis de lucro, a classe empresária atacou direitos que teve que conceder após a Segunda Guerra Mundial.

Isso eu desenvolvo no livro, mas para dar uma ideia: se alguém considerar como ocorreu a evolução do salário real, do desemprego, do trabalho não registrado e outras variáveis, verá como a guerra do capital foi moldando uma nova classe trabalhadora. Há uma definição no livro que ajuda a resumir essa condição: já chega a todos os cantos do planeta; tornou-se cada vez mais feminizada; ganhou peso no setor de serviços, cada vez mais estratégico para o capitalismo; hoje é enormemente precária e mais fragmentada do que nunca.

Como você chega a essa definição?

Bom, temos discutido por três décadas com aqueles que estão tentando determinar "o fim do trabalho", enquanto o capitalismo estendeu a exploração humana a todos os cantos do planeta. Mas também com aqueles que não viram as transformações de nossa classe. Este desenvolvimento do setor de serviços e seu peso na economia, ou a entrada de centenas de milhões de mulheres no mercado de trabalho, que além disso continuam a realizar a maioria das tarefas em suas casas. Obviamente, fazemos isso com base em dados estruturais do nosso país e do mundo. Eu digo "nós fazemos" porque o livro veio das mãos do trabalho e debate coletivo com outros companheiros e companheiras.

Assim, a primeira parte, a partir de uma visão marxista, ajuda a saber como é a situação da classe trabalhadora hoje, como se chegou a essa situação e por que a precarização no trabalho é uma forma de aumentar a exploração capitalista.

Mas a ideia é ir "até o osso" no que diz respeito à juventude em todo esse processo, né? Partindo de como está a classe trabalhadora e debatendo com aqueles que negam sua importância ou não levam em conta suas novas condições, como você diz, mas colocar o foco no que acontece com as novas gerações é mais novo. O livro faz uma radiografia muito detalhada: em que sindicatos eles estão, em que condições, quantos trabalham "em branco" [NdT: registrados], quantos não, quanto cobram em relação aos adultos, quais são os "novos empregos para jovens" ...

Sim, acho que isso é uma contribuição. Ser capaz de ter um panorama mais claro de um setor fundamental da classe trabalhadora. Na Argentina, temos 3 milhões de jovens que fazem parte da “população economicamente ativa”, ou seja, trabalham ou buscam. Um monte. Para se ter uma ideia: um em cada seis operários da indústria tem menos de 25 anos de idade, um em cada cinco pedreiros e quase a mesma proporção no comércio, um em cada quatro empregadas domésticas, 30% dos que trabalham em bares e restaurantes, grande parte dos que trabalham em serviço de entrega, incluindo Rappi e Glovo.

Fazemos essa radiografia não apenas através de dados concretos, mas também através das histórias de vida de muitos garotos e garotas. Marlene conta como eles humilham as moças nas mansões de Nordelta, Romina como é a fraude trabalhista da Glovo e Rappi, Cristian como é arriscar a vida nas vinícolas e nas petroleiras da Patagônia. E muitos depoimentos e cartas que publicamos para ter uma imagem mais viva do que analisamos. Todas têm algo em comum: não têm que contá-la, não querem se resignar.

Você fala de um setor importante da classe trabalhadora ...

Totalmente. Observe que 5 em cada 10 jovens do mundo trabalham no setor de serviços, um setor fundamental para o funcionamento do capitalismo: desde a produção à distribuição do tempo e forma de suas mercadorias.

Por isso ao chamado "capitalismo de plataformas", por exemplo, dedicamos um capítulo inteiro. Eu tenho dito na TV que a reforma trabalhista que os empregadores querem impor significa empregos assim a todos os jovens. E assim chegamos ao número "central" do livro: 60%. Esse percentual da juventude que trabalha, o faz “em preto” [NdT: expressão argentina para trabalho informal], sem registro, sem contribuições ou trabalho social. É assim que, dentro dessa precariedade geral que falamos, jovens e mulheres estão piores.

E para finalizar a compreensão de como chegamos até aqui, o livro faz uma "história política de precarização". Para mim, essa parte dá argumentos inquestionáveis de que nisso de entregar a juventude à mão-de-obra barata, não houve rachaduras entre o kirchnerismo e o macrismo. No outro dia, com o livro impresso, li a plataforma de propostas da Frente de Todos [NdT: chapa do candidato Alberto Fernandez, que tem Cristina Kirchner como vice]. Eles propõem uma “lei do primeiro emprego” com subsídios para empresários que parece ter sido copiada do projeto do Cambiemos [NdT: chapa de Maurício Macri, atual presidente]. Alberto devolva o power point para Mauricio...

Nós, a esquerda, estamos sempre do mesmo lado. Eu falo disso também.

Esses dados que você traz não são outra "invenção argentina". No livro há sempre "cruzamentos" entre o que acontece em La Matanza, Ponele, e os subúrbios de Paris ou do Rio de Janeiro. Como se não tivessem fronteiras...

É que não têm. É por isso que uma das partes do livro se chama "Sem Fronteiras". Lá eu conto as conversas que tive com garis ou terceirizadas da limpeza do Brasil, com jovens no Chile ou com ferroviárias francesas, e é impressionante como as mesmas receitas se repetem para precarizar a classe trabalhadora, especialmente as novas gerações. Se você pegar as propostas de “primeiro emprego” de Macri, o “estatuto de trabalho juvenil” de Piñeira, a “Loi Travail” na França ou aquelas de “trabalho temporário” no Estado espanhol você diz “não posso acreditar, o mesmo cara que escreveu, como ele chama?”. Parece-me que a letra é do FMI, por isso dedicamos a ele um par de capítulos.

Então, fazendo o mesmo trabalho, mas com as estatísticas mundiais, salta à vista que há 70 milhões de menores de 25 anos desempregados, que duas em cada três têm empregos informais e que têm todos os números comprados para vincular os "contratos temporários".

Eu acho que uma das coisas que colaboraram para entender melhor a situação da juventude, mas também seus gritos de rebeldia, além dos estudos acadêmicos ou dos papéis do FMI, tem sido o Esquerda Diário. Ter uma rede de jornais em 12 países, em 8 idiomas, com correspondentes em outros países, é uma fonte inesgotável de crônicas. Correspondentes que estão em lojas da Amazon, marchas de maquilas mexicanas ou funcionários do McDonald’s, marchas pela educação no Chile ou no Brasil ou fazem parte das lutas de jovens e mulheres do Estado espanhol ou da Itália, dos coletes Amarelos na França. Além de dar voz a essa juventude e essas lutas, acho que ajudaram a ter um panorama estrutural muito mais vivo e profundo.

Sem dúvidas. Ser parte de uma corrente internacional como o FT-QI [NdT: Fração Trotskista - Quarta Internacional] é uma vantagem, por assim dizer. Não apenas para a crônica e a análise, como você diz, mas para pensar em como ajudar a organizar essa juventude, a que conheça e abrace as ideias socialistas.
Esses dias insisti bastante que não escrevi um "livro de reclamações". Por um lado, porque precisamente esse peso que a juventude vem ganhando na estrutura capitalista lhe dá muito potencial quando se pensa em um projeto revolucionário. Esses garotos e garotas são os mais precarizados, mas também neles está boa parte do futuro. Por outro lado, porque a juventude tem liderado diferentes fenômenos: às vezes, lutas sindicais, movimentos pela educação, pelo meio ambiente ou o impressionante movimento de mulheres.

Mas eu não quero dar spoiler: tudo isso está contado em Rebelde ou Precarizada. A ideia central do livro é fazer uma radiografia da juventude, mas não para ficar com essa foto. Muito menos vê-la apenas como "sujeito de precarização". O oposto. O desafio é pensar como todo esse peso que tem, esse potencial social e político, raiva e rebeldia que é frequentemente expressa em lutas pontuais, transforma-se em um questionamento de fundo ao sistema social que está por trás de cada um desses ataques que sofre.

Creio que a burguesia esteja ainda mais consciente de que sua única pátria é o capital e não tem fronteiras. Nós temos que romper ainda com certos muros e fronteiras. Mas, ao mesmo tempo, fico feliz quando vejo também muitas lutas e métodos se contagiando. Outro dia me contaram alguns amigos aeronáuticos como se organizaram através de seus celulares para defender sua comissão interna contra as manobras da burocracia e da empresa.

E lembrei-me dos grupos de whatsapp criados pelos jovens trabalhadores chineses para evitar o controle da burocracia. Ou das lutas dos entregadores da Deliveroo em Barcelona, que se parece às de Buenos Aires ou Córdoba. Há uma frase muito boa que dizem os jovens da PPP [Associação de Pessoal de Plataforma]: "Se este é o capitalismo do futuro, criaremos os sindicatos do futuro". Acredito que esta juventude, junto com as mulheres, possa avançar para recuperar os sindicatos da burocracia sindical.

No trabalho e na vida

E isso que estamos falando apenas de estatísticas trabalhistas, mas como você diz no livro, a precariedade no trabalho torna-se precariedade na sala de aula, acesso à saúde, ter um lar.

Em tudo. Inclusive a ideia original era colocar "vidas precárias". Não poder estudar ou estudar fazendo um esforço muito grande, acesso à saúde ou moradia. A Argentina é um dos países onde os jovens demoram mais para “se tornarem autônomos”: aos 29 anos. A maioria tem que continuar vivendo em sua casa "familiar" até esse momento.

Precarizam até seu tempo livre. Por exemplo, no livro eu reviso os resultados da Pesquisa de consumos culturais e aí salta aos olhos que os jovens trabalhadores pode cada vez menos ir ao cinema, dançar, ir a recitais. Porque se eles trabalham com empregos precários, têm cada vez menos tempo livre. E como o capitalismo transforma tudo em negócio, muitas vezes sair é um luxo.

Mas o interessante é como os jovens procuram novas formas de se expressar, novos gêneros para contar suas vidas e se divertir. Não é algo que conseguimos aprofundar no livro, mas existem movimentos interessantes como freestyle, batalha de galos, rap, hip hop, o trap... O jovem sempre procurou formas de se expressar, mas é interessante ver esses movimentos culturais.

Muitas delas nascem justamente dessa discordância com a sociedade, seus empregos, o que é para eles o Estado, a polícia, os políticos tradicionais. Suas vidas. Eu acho que você tem que dar muito valor a essas expressões culturais da juventude. Que, obviamente, as gravadoras querem se transformar em meros produtos comerciais, mas são as expressões da juventude sobre o que lhe toca viver. E se pode ouvi-los em trens, praças, em festivais que eles organizam.

Uma classe “perigosa”

Nico, entre os que reconhecem essa nova configuração da classe trabalhadora, surgem debates.

Muitos. Essa é outra das coisas em que o livro tenta contribuir. Por exemplo, Guy Standing é um economista que trabalhou para a OIT e viajou pelo mundo. Ele diz que sempre existiram trabalhadores temporários, mas que agora essa condição é permanente e as empresas dispõem cada vez de mais tempo (e vida) de seus trabalhadores. Até aí tudo bem. Mas então ele diz que essa fragmentação chega ao ponto em que há uma nova classe social, que ele define como precariado. Bem, no livro eu argumento contra essa teoria. Uma coisa é dizer que o neoliberalismo aprofundou a fragmentação histórica dos trabalhadores; outra muito diferente é que isso implica o surgimento de uma nova classe, diferente e com outros interesses históricos. Eu acho que é um dos debates interessantes que poderão ver no livro.

Porque além disso sua definição de "precariado" como uma classe perigosa, por causa das condições em que trabalha e vive, o levam a uma série de saídas reformistas e eu diria que utópicas, como a renda básica universal, que de última é uma variante da política de subsídios do Banco Mundial para que a exploração capitalista não faça tudo explodir. E termina apoiando correntes políticas como o Syriza ou o Podemos, que acabaram desviando a energia da juventude, dos explorados e dos ultrajados, mas também foram um fracasso como projetos políticos. Na Grécia, o Syriza acabou por aplicar o ajuste exigido pelo FMI e pela União Europeia e abriu caminho para que voltasse ao governo de direita.

É verdade, mas há um elemento interessante para se pensar desse novo "precariado" que alguns vêem como uma "classe perigosa" porque não se sente muito representada pelos políticos capitalistas tradicionais. Os fenômenos nem sempre são da esquerda, há populismos da direita que tentam atrair a juventude e a classe trabalhadora que tem bancado por muitos anos de crise. E também estão esses fenômenos reformistas que você diz.

Creio que a situação da juventude, embora obviamente tenha moldes diferentes nos países imperialistas como os Estados Unidos ou a França, que aqui na América Latina, tem muitos pontos em comum. Sentem que são os grandes perdedores do capitalismo em crise. Que viverão pior que seus pais. Que os políticos tradicionais estão mentam na sua cara, os desprezam e ignoram. Que nos trabalhos eles são descartáveis. Eles têm que escorregar ou endividar-se uma vida inteira se quiserem estudar uma carreira. Que no máximo se lembram deles têm eleições, e eu diria cada vez menos.

E então uma parte importante das novas gerações começa a sentir que não deve nada a esse sistema, nem àqueles que governam. Você tem o fenômeno do socialismo millennial, como as revistas americanas conservadoras chamaram o interesse dos jovens pelo socialismo, embora essa ideia ainda seja muito vaga, muito geral. Você também tem aqueles que tentam transformar esse mal-estar em apoio às correntes reformistas que propõem remendos para que as coisas não saiam do controle. De Podemos no Estado espanhol, a Alexandra Ocasio Cortez ou Sanders nos Estados Unidos e assim por diante em outros lugares.

Bem, o livro analisa esse "espírito da época" e também tenta pensar em como alcançar essa juventude para militar por uma saída anticapitalista.

Voltemos ao ponto que você dizia antes. O livro parte de uma análise profunda de como os jovens trabalham e vivem, de como as novas gerações são mais precarizadas, mas também para pensar em sua potencialidade e conhecer as propostas da esquerda para enfrentar esse “destino”.

É que como eu digo que não é "um livro de reclamações" também digo que tenta ser um "guia de ação". É por isso que na última parte lhes digo qual é o programa, as propostas, que levanta a esquerda revolucionária para unir a classe trabalhadora, para enfrentar a precarização e para se juntar ao movimento de mulheres e outros setores populares. A distribuição de horas de trabalho, com um emprego estável e salário que cubra as necessidades dos jovens. Isso também reduziria a jornada de trabalho para milhões de garotos e garotas poderem terminar os estudos. No livro, explicamos as propostas, muitas das quais levantamos com a Frente de Izquierda Unidad nessas eleições.

Mas eu também argumento que nossa luta não é apenas para que não nos precarizem, que nos explorem menos. Os socialistas querem acabar com a exploração. Queremos acabar com um sistema em que 26 milionários têm tanta riqueza quanto a metade de toda a humanidade, onde milhões trabalham até a exaustão, enquanto a mesma quantidade não tem trabalho. Lá eu explico por que lutamos para que os trabalhadores governem, para poder avançar em direção a uma sociedade socialista sem exploração ou opressão. Onde os avanços da ciência e da tecnologia sirvam para encurtar a jornada de trabalho mais e mais, até que o tempo de trabalho ocupe uma proporção mínima de nossas ocupações. E então a juventude e toda a humanidade podem dedicar mais e melhores horas e energias ao lazer, à arte e à cultura. Tempo para liberar todos os nossos talentos e todas as nossas capacidades.

No livro resgato muitas ideias do marxismo que têm enorme vigência. Uma é que o capitalismo cria seus próprios coveiros, como diz a famosa frase do Manifesto Comunista. A classe trabalhadora, mesmo em sua fragmentação, se espalhou por todo o planeta e move todas as alavancas da economia. A juventude faz parte desse exército de escravos que pode transformar tudo.

É por isso que colocamos um título que levanta esse dilema: os de cima querem sacrificar as novas gerações, nós queremos que as novas gerações se rebelem contra eles, abraçar a luta por outra sociedade sem exploração ou opressão, por uma vida que merece ser vivida.

Índice de Rebelde ou Precarizada

Introdução. Para que este livro.

PARTE I - Juventude, tesouro precário

1. Como é a classe trabalhadora hoje?
2. Juventude e trabalho: uma primeira radiografia
3. De norte a sul: um mapa político sem nenhuma rachadura
4.A precariedade do trabalho e seu rosto de mulher
5. O novo capitalismo de plataforma: esse velho hábito de nos explorar
6. Ensino superior: um sonho truncado
7. Trabalhos precários, vidas precárias

PARTE II - Menem, Kirchner e Macri: como chegamos aqui

8. Menem fez isso
9. Sinceramente: outra década precarizada
10. Macri: o país atendido pelos seus proprietários
11. As receitas do FMI para a juventude
12. As culpas e os negócios das cúpulas sindicais
13. Sempre do mesmo lado
14. Nossos bancos: socialistas e dos trabalhadores

PARTE III - É o capitalismo

15. Sem fronteiras
16. Amazon, McJobs, maquiladoras, fábricas de sangue, suor e lágrimas: millennials ou miserials?
17. Capitalismo, ou metade da riqueza do mundo em poucas mãos
18. Precariado, uma nova classe e diferente?

PARTE IV - Pode ser diferente

19. Uma geração que nada deve ao capitalismo
20. A juventude como protagonista dos novos movimentos
21. As jovens da maré verde
22. O fantasma do "socialismo millennial"

PARTE V - Começou um novo saque: o que vamos fazer?

23. O vice-reinado do FMI
24. Como lidar com o desemprego, jornadas exaustivas e precariedade juvenil?
25. Por uma vida que mereça ser vivida




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