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EXÉRCITO BRASILEIRO INVADINDO REPÚBLICA CENTRO AFRICANA | Ocupação de território africano por tropas brasileiras tem incentivo público e privado

Além do envio de tropas brasileiras pelo Ministério da Defesa, a empresa privada de segurança Aquila International está recrutando voluntários (militares da reserva e ex-legionários) para a MINUSCA, uma dita “missão de segurança” da ONU na República Centro Africana.

quarta-feira 17 de janeiro de 2018 | Edição do dia

Serviços militares e de segurança privada. A primeira empresa brasileira de segurança e serviço militar privado (PMSC) a qual promove serviços de segurança para proteger pessoas, propriedades e ações; aconselhamento militar e treinamento para forças de segurança (privada, militar e policial).

Em seu chamado, a empresa “procura militares da reserva ou ex-Legionários fluentes em francês para missão de segurança na República Centro Africana”. A Aquila é a primeira empresa militar de segurança privada do Brasil. Presidida pelo general da reserva Roberto Escoto, presta serviços de assessoramento, treinamento e apoio operacional especializado a governos (forças armadas e policiais), embaixadas, organizações internacionais, organizações não governamentais e empresas multinacionais que atuam em ambientes operacionais com real ou potencial existência de instabilidade, crise ou conflito armado.

A empresa, que só atua no exterior, recruta seus combatentes – a quem chama de operadores – entre militares da reserva da Forças Armadas. Com experiência em tropas de elite, como unidades de operações especiais, paraquedistas e outras.

O que é a MINUSCA?

Segundo a ONU, a missão foi criada pelo Conselho de Segurança, para ajudar a proteger os civis e facilitar a prestação de ajuda humanitária a milhares de pessoas desenraizadas devido à insegurança no Nordeste da República Centro-Africana e no Leste do Chade bem como na vizinha região sudanesa de Darfur.

O Brasil, junto a outros países, foi convidado a integrar essa missão enviando cerca de 13 mil militares à República Centro-Africana e Temer aceitou o convite antes mesmo de retirar as tropas brasileiras que ocupavam o Haiti desde 2003.

Segundo o Diário Oficial do dia 9 de Janeiro, foi enviada uma comitiva de dez oficiais brasileiros para reconhecimento da área de operações da MINUSCA, nas cidades de Bangui, Bambari e localidades adjacentes, na República Centro-Africana.

Primeiro Haiti, agora a República Centro-Africana

Após 13 anos da ocupação do Haiti, de todos os casos de terror promovidos pela militarização do território haitiano, agora a falsa “missão de paz” promovida pela ONU tem novo alvo: a República Centro-Africana.

Leia também: Haiti: 11 anos de ocupação ilegal, violência e mentiras

A ocupação militar em território africano irá continuar a destruição e genocídio francês. A França colonizou a República Centro-Africana diversas vezes ao longo da história e mesmo após a independência do país africano, continuou no território, ocupando-o militarmente desde 2014. Com a saída da França do território africano, é o governo brasileiro que assume o papel e caminha lado a lado com as grandes potências imperialistas ao se tratar do genocídio de povos negros e superexplorados.

Não diferente das ações haitianas, os militares que ocupam os territórios desses países assassinam o povo que luta para sobreviver e cometem todos os tipos de violência, como por exemplo na missão da França na República Centro-Africana que teve diversos casos de estupro locais por militares franceses.

É necessário que trabalhadores brasileiros, haitianos e de todos os países invadidos pelas tropas da ONU e do imperialismo lutem pelo direito de autodeterminação destes povos. Fora tropas da ONU de todos os países! As suas "missões de paz" são na verdade missões de violência e controle das populações, para que sirvam aos interesses imperialistas.




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