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Metrô de SP | Os operadores de trem mostram o caminho! Preparar uma nova greve do Metrô de SP contra as punições e terceirizações!

Neste dia 12, operadoras e operadores de trem do Metrô fizeram uma forte paralisação durante a manhã, auto-organizada pela base, contra punições arbitrárias, que o Metrô fez a serviço da política privatista de Tarcísio, em retaliação pela greve do dia 3, e como forma de impor medidas que colocam a população em risco. Essa mobilização mostra o caminho! Tarcísio mente dizendo que são só "estudos", quando essa semana estão ocorrendo os pregões para avançar com a terceirização. Na próxima segunda-feira haverá uma nova assembleia geral dos metroviários, e está clara a possibilidade e a urgência de uma nova greve, unificando a pauta contra as punições aos operadores de trem, com a luta contra essas terceirizações, como parte da luta contra a privatização e em defesa da população que mais sofre com essas medidas.

quinta-feira 12 de outubro de 2023 | Edição do dia

Atenção!: Na próxima segunda-feira haverá uma negociação sobre as punições, às 16h, e é fundamental a participação de todos no ato chamado a partir da base de operadores, às 15h30, em frente ao CCO!
E também na assembleia geral, às 18h30, pois está clara a possibilidade e a urgência de uma nova greve, unificando a pauta contra as punições aos operadores de trem, com a luta contra essas terceirizações, como parte da luta contra a privatização e em defesa da população que mais sofre com essas medidas. Todos ao ato contra as punições! Não às terceirizações e à privatização!

Na noite do dia 11, aproveitando o feriado, o Metrô começou a entregar punições com advertências contra os operadores de trem, começando pela Linha 2 - Verde, numa clara retaliação à greve do dia 3. É uma repressão assumidamente antissindical e contra a luta: as punições são por terem participado de uma mobilização nas semanas antes da greve, de boicote ao treinamento das chefias e supervisores de outras áreas para operar trens no dia da greve, um método do Metrô de furar as greves, e que gera enorme risco para a população, fazendo os trens rodarem com operadores que não estão capacitados. Portanto, a mobilização dos operadores de trem foi em defesa de seu direito de greve, e também em defesa da segurança da população.

Agora, Tarcísio e o Metrô estão punindo os trabalhadores para tentar intimidar e coibir novas mobilizações, para no próximo período implementar o treinamento das chefias para operar os trens e furar as próximas greves, porque estão ao mesmo tempo avançando em ataques enormes contra os trabalhadores e a população: a terceirização do atendimento aos usuários nas estações, cujo pregão está acontecendo nesta semana, e a terceirização da manutenção de trens da primeira das quatro linhas estatais, marcada para a semana que vem. Ataques que vão precarizar ainda mais o transporte, o atendimento à população, e causar mais falhas, como estamos vendo todos os dias nas Linhas 8 e 9 da CPTM com a ViaImobilidade.

Por isso, as operadoras e operadores de trem fizeram nesta manhã uma forte mobilização, auto-organizada pela base, paralisando os trens por mais de 3h. Deram um aviso prévio à direção do Metrô, de que se as advertências não fossem retiradas, começaria uma paralisação. A direção do Metrô, que faz demagogia dizendo que a mobilização prejudica o transporte da população, poderia ter simplesmente retirado as punições antes de a paralisação começar. Mas não fez isso. Chegaram ao ridículo de dizer que “não tem como retirar as punições no feriado, pois a gerência está de folga”. Enquanto foram eles que escolheram a noite da véspera de feriado para fazer isso. Por isso, a paralisação começou pela Linha 2 - Verde, onde já foram aplicadas as primeiras punições aos trabalhadores (e onde foi informado que seriam ainda dezenas), mas se estendeu rapidamente para todas as linhas do Metrô estatal. O Metrô tentou operar trens com supervisores sem treinamento, recebendo pelo rádio instruções de como operar um trem, uma prática totalmente ilegal e insegura que coloca a população em risco. Mas mesmo assim, depois de um tempo tiveram que fechar as primeiras linhas, pela força da paralisação. Isso quando poderiam simplesmente ter retirado as punições. A paralisação foi suspensa mediante compromisso da empresa de que haverá uma reunião de negociação sobre as punições na segunda-feira, e garantia de nenhuma punição a mais até lá.

Quem está defendendo a população são os trabalhadores com a mobilização! Numa impressionante demonstração de disposição de luta contra a repressão, a terceirização e a precarização do transporte!

Nós do Nossa Classe, minoria da diretoria do Sindicato dos Metroviários, viemos apontando: a disposição de luta na base é enorme. Chamamos todos a ler este artigo, com lições que tiramos da greve do dia 3, em debate com as posições da maioria da diretoria do sindicato, e da oposição, para que não responsabilizem uma suposta “falta de disposição da base” pelo resultado das últimas assembleias, que foi causado pela política de não buscar a continuidade da greve unificada para além de 24h, e se suspender a greve do dia 3 quando ela estava mais forte. Essas conclusões agora são fundamentais porque, como o dia de hoje confirma evidentemente, há sim disposição para novas greves, buscando apoio da população, pois é o único caminho possível para reverter esses ataques.

A paralisação de operadores de trem hoje mostra esse caminho! O Tarcísio mente pra população dizendo que são só "estudos", mas essa semana estão ocorrendo os pregões para avançar com a terceirização. O Metrô, em comunicado oficial emitido após o término da paralisação, já se mostra intransigente em relação à retirada das punições. Precisamos agora urgentemente reorganizar nossa mobilização, unificando a pauta contra as punições aos operadores de trem, com a luta contra essas terceirizações. Na próxima segunda-feira haverá uma nova assembleia geral dos metroviários para discutir nossos próximos passos da nossa luta, e nós do Movimento Nossa Classe chamamos todas as metroviárias e metroviários a participar, pois esse momento mostra com toda força a possibilidade e a necessidade de aprovar uma nova greve para os próximos dias para derrotar o projeto privatista do Tarcísio no metrô, começando por impor a retirada imediata de todas as punições e o cancelamento das terceirizações!




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