segunda-feira 29 de agosto de 2016 | Edição do dia
Atualizado às 21h01
No dia em que Dilma está sendo interrogada no Senado Federal, manifestantes de diversas organizações sociais e políticas realizaram o ato convocado pela Frente Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular contra o impeachment de Dilma Rousseff na capital de São Paulo. Houve atos contra o impeachment em outros 11 estados.
A Tropa de Choque foi acionada para acabar brutalmente com a manifestação. Por volta de 20h, caminhões da PM entraram na avenida para jogar água na barricada feita pelos manifestantes. Bombas também foram jogadas. Em seguida, a polícia passou a descer a Rua da Consolação atrás dos manifestantes.
De acordo com o jornal Globo News, no percurso da manifestação que ocorreu na Paulista, a PM de Alckmin impediu com bombas de efeito moral e bala de borracha que os manifestantes prosseguissem com o ato.
Às 21h a repressão seguia nos arredores da Praça Roosevelt.
Não bastou nem o golpe se consumar no Senado Federal, que os golpistas já mostram a sua cara reprimindo a manifestação contra Michel Temer. Isso mostra que esta direita golpista vai endurecer contra todos aqueles que resolverem questionar Michel Temer e as medidas contra os trabalhadores e setores populares da sociedade. A saída que os golpistas vão encontrar para que os trabalhadores e setores populares da sociedade paguem pela crise econômica vai através da repressão policial.
Mais do que nunca é preciso organizar uma forte resistência contra o governo golpista de Temer, que com o golpe consumado ganhara força para impor ataques mais duros do que vinha fazendo o PT de Dilma contra os trabalhadores e setores populares da sociedade. Para isso é preciso um plano de luta que se enfrente contra as medidas privatistas deste governo, assim como as demissões, os cortes e a retirada de direitos que já estão em curso.
Exigimos o fim da repressão contra os lutadores, assim como a libertação de qualquer eventual preso por consequência desta repressão.