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Paulo Serra orienta irresponsável retorno presencial ás aulas em Santo André

O governo de Paulo Serra organizou um decreto com diretrizes para o retorno presencial às aulas no município de Santo André. Transbordando toda sua demagogia, o decreto indica ações e divisões entre as turmas como forma de prevenção da COVID-19.

sexta-feira 19 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: reprodução

As aulas presenciais já voltaram em alguns municípios e no estado, e apesar das demagógicas medidas a realidade mostra que a escola não está preparada para receber os alunos, as medidas colocadas pelo governo vem de cima pra baixo sem nenhum diálogo com quem vive no chão da escola.

Medidas preventivas que preveem distanciamento de 1,5 entre bebês e crianças pequenas (0 a 3 anos), que orientam maior higienização, mas não contratam funcionários para dar conta da demanda de limpeza que cresce diante da crise sanitária.

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O decreto também diz que toda semana as crianças retiram atividades impressas para fazer em casa, as escolas que sem estrutura vez ou outra nem tem aguá, a escola onde muitas vezes os professores tiram cópias do seu próprio bolso. A escola que sem verba tem que se virar para cumprir os decretos que o governo impõe, sem nenhum diálogo com a comunidade das mesmas, sem investimento, sem contratação, com seus decretos demagógicos.

Paulo Serra em consonância com Doria, coloca a reabertura com uma falsa preocupação com o ensino e a saúde mental dessas crianças. A realidade se mostra, e a forma impositiva dos governos não servem a nenhuma saúde mental e muito menos se preocupa com a aprendizagem, apenas os funcionários, professores, alunos e pais sabem a realidade em que vivem, e enquanto isso esses governantes seguem com suas políticas criminosas que visam o lucro de empresários e fazem demagogia com a vida de milhares de pessoas.

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A volta presencial às aulas que quer impor uma “normalidade”, na verdade tenta mascarar as mais de 35 mil pessoas contaminadas e as quase 1.200 mortes por Covid só em Santo André. Enquanto isso os governos preparam mais e mais ataques para o funcionalismo públicos como a PEC emergencial e a reforma administrativa que atingem diretamente os profissionais da linha de frente do funcionalismo como trabalhadores da saúde e da educação.

Doria e Paulo Serra, que supostamente se colocam na oposição ao governo Bolsonaro, na verdade estão unidos com este quando o assunto é atacar os trabalhadores. Enquanto formam suas figuras em torno da vacina, sendo que nem tem vacina para todos, nem para os trabalhadores da saúde nesse primeiro momento, colocam a população em risco. Com as aberturas irracionais do comércio e agora das escolas, se apoiam na vacinação para impor uma suposta normalidade, no Brasil já chegamos a mais de 10 milhões de infectados e quase 250 mil mortos.

É urgente que os sindicatos (APEOESP e demais sindicatos de professores, mas também a CUT e a CTB) quebrem essa quarentena interminável em que estão e organizem as categorias de trabalhadores contra todos esses ataques. Uma luta séria e consequente que demonstre toda a força da classe trabalhadora que vem desde o começo pagando com suas próprias vidas pela crise capitalista e em prol dos lucros.

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