Uma pesquisa denominada "Minas no Brasil de 2018" realizada pelo jornal "O Tempo" mostra grande rejeição da população de Minas Gerais em relação aos privilégios dos políticos. O levantamento feito entre os dias 15 e 18 de fevereiro, ouviu 604 pessoas de 45 municípios de todas as regiões de Minas Gerais.
segunda-feira 12 de março de 2018 | Edição do dia
Os dados foram coletados pelo Grupo Mercadológica e revelam uma grande rejeição dos mineiros em relação aos privilégios dos políticos, e mostra que nove em cada dez, 96,3% dos participantes, reprovam o auxílio moradia para políticos, juízes e promotores e discordam da disponibilização de apartamentos funcionais para deputados federais e senadores em Brasília.
Questionados se é aceitável que um juiz que receba auxílio moradia mesmo casado com uma juíza que já tenha direito ao benefício, 81% respondeu que nenhum dos dois deveria receber a verba. 92% também disseram ser contrários ao pagamento de auxílio moradia para juízes e membros do Ministério Público. Este tema estará em discussão no próximo dia 22, no Supremo Tribunal Federal (STF), que irá avaliar a legalidade do benefício por juízes federais.
O levantamento também mostra que a maioria dos entrevistados concordam que os políticos deveriam receber entre R$ 2.000 e R$5.000 reais, se aproximando do salário dos trabalhadores. 94% dos entrevistados também se mostraram contrários aos políticos receberem auxílio paletó.
Os privilégios dos políticos custam muito caro para a população trabalhadora do mundo inteiro. A ONU e a UIP (União Interpalamentar) publicaram um estudo que analisa esses números. Cada parlamentar brasileiro, segundo o levantamento, custava, em 2011, US$ 7,4 milhões por ano. Um valor absurdo, que é calculado por baixo pois não contabiliza o que é desviado por meio dos esquemas de corrupção. O estudo utiliza os gastos totais com os parlamentares, que não se resumem somente aos salários, pois eles recebem ainda inúmeros benefícios, auxílios e outros penduricalhos que podem até dobrar o que ganham. Por tudo isso, o Esquerda Diário defende que todo político ganhe igual a uma professora, e que todo juiz e alto funcionário de Estado seja eleito e revogável.
Foto: Fred Magno
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