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32º Congresso do SINPEEM | Quem convidaria o patrão para um congresso de trabalhadores? Claudio Fonseca.

Faz sentido convidar um inimigo que te ataca, num espaço que deveria servir para organizar a luta contra esse inimigo? Para Claudio Fonseca faz, já que convidou Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, inimigo dos educadores e da população para o Congresso do SINPEEM que deve servir para organizar a luta justamente contra Ricardo Nunes. Isso tem nome, conciliação.

terça-feira 24 de outubro de 2023 | Edição do dia

Quem convidaria seu maior inimigo, que te ataca, pra ir na sua casa ou na sua escola? Pois é, ninguém. Mas Cláudio Fonseca fez isso contra os educadores ao dizer na mesa de abertura do 32° Congresso do SINPEEM que convidou o bolsonarista Ricardo Nunes a participar desse espaço, que deve existir pelo objetivo principal da construção da articulação de um forte plano de luta da nossa categoria contra todos os ataques dos governos, e isso em unidade com toda a comunidade escolar e demais categorias.

Mais uma vez, Cláudio Fonseca demonstra como seus próprios interesses políticos e burocráticos estão sempre acima da nossa categoria de educadores do município de São Paulo. Não à toa, sua política sempre foi de se sentar e tentar tirar acordos com o atual prefeito Ricardo Nunes, isso sem nem sequer garantir o primeiro e mais importante direito dos trabalhadores deste sindicato: o direito de falar e poder deliberar as ações do seu próprio sindicato.

Cláudio Fonseca é o oposto da construção da nossa organização pela base, a única saída que temos para derrubar todas as reformas, privatizações e o legado da extrema direita. Pode falar que defende a independência política do sindicato, mas na verdade usa da sua posição para atar as nossas mãos e não permitir a nossa organização desde o chão de cada escola. Usa da sua posição para fazer as suas articulações políticas de cúpulas, enquanto somos nós que amargamos todos os ataques contra a educação e toda a nossa classe.

Essa figura da asquerosa extrema direita que está na prefeitura de São Paulo, se dependesse de Cláudio Fonseca, teria voz no nosso Congresso, enquanto educadores de base nem o direito de falar no microfone possuem. O que testemunhamos imediatamente após desfeita a mesa de abertura que contou com figuras sindicais e políticas como Guilherme Boulos. Quando professoras foram defender uma proposta de enfrentamento às opressões para que se fortalecesse o regimento e a condução dos trabalhos no Congresso, num espaço onde muitas vezes os setores oprimidos e suas demandas são silenciados, Cláudio Fonseca simplesmente desligou o microfone destas professoras.

Veja aqui:

Claudio Fonseca também afirmou ter convidado Tabata Amaral, outra inimiga dos trabalhadores e da educação que não engana ninguém, parceira dos principais privatistas da educação, como a Jorge Paulo Lemann e apoiadora da reforma da previdência.

O que garante a construção da nossa luta e as conquistas que precisamos tornar realidade é a nossa organização como classe. Não será pela via de compromissos eleitorais, ao ponto de chamar até mesmo o Nunes, um político burguês que apoia Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Nosso congresso não pode ser palanque eleitoral, nem para políticas de conciliações, mas sim local e momento para a construção da nossa luta organizada.




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