Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de SP, foi arbitrária e autoritariamente obrigado pela Justiça a dar direito de resposta a Celso Russomanno por ter dito nada menos do que a verdade: que ele “odeia os mais pobres”.
quinta-feira 22 de outubro de 2020 | Edição do dia
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), na noite de terça-feira (20), atuou em aberto favorecimento ao reacionário Celso Russomanno (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro à prefeitura de São Paulo. Ao dizer que “Russomanno odeia os mais pobres”, o juiz Emílio Migliano Neto considerou que Boulos “transbordou o direito da crítica” e, por isso, ordenou que a resposta do puxa-saco de Bolsonaro fosse publicada nas redes sociais do próprio Boulos.
O episódio gerou troca de tweets entre os candidatos, mas Boulos não se intimidou: "O puxa-saco do Bolsonaro foge dos debates e quer falar comigo pelo Twitter".
Episódios como esse têm sido cada vez mais comuns nesse regime político degradado. As arbitrariedades e ações autoritárias por parte do Judiciário deixam claro que se trata de uma instituição que atua em defesa dos interesses patronais. Celso Russomanno é o queridinho do presidente, adota integralmente o seu programa político e suas ideologias.
Diana Assunção, candidata a vereadora em SP junto à Bancada Revolucionária de Trabalhadores, se pronunciou em seu twitter:
Ontem a justiça obrigou @GuilhermeBoulos a dar direito de resposta para o repugnante Celso Russomano que já demonstrou várias vezes que odeia pobres e humilha trabalhadores. Basta de autoritarismo do judiciário a favor dos candidatos ricos e poderosos!
— Diana Assunção #50200 (@DianaAssuncaoED) October 21, 2020
É um absurdo essa decisão autoritária e arbitrária que claramente favorece o bolsonarismo. É preciso denunciar em alto e bom tom que essa justiça apoia os ricos e atua contra os representantes ou interesses dos trabalhadores e dos mais pobres.
#RussomannoOdeiaPobre