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Campanha Salarial do Metrô de SP | Toda força à greve no Metrô-SP por contratação, contra a privatização e a precarização

Veja a declaração do Movimento Nossa Classe em defesa da construção da greve dos metroviários de SP no dia 13/06, em aliança com a população e unindo trabalhadores efetivos e terceirizados contra a privatização.

sábado 10 de junho de 2023 | Edição do dia

Desde a diretoria do Sindicato dos Metroviários de SP iniciamos essa campanha dizendo: "que a nossa luta não era apenas em defesa de salários, mas também contra a política de privatização do Governo de São Paulo, que afeta o conjunto da população ".

Tarcísio já deixou mais do que evidente o seu desejo em privatizar todo o transporte, e o resultado disso podemos ver no próprio programa Fantástico. Nem a Rede Globo, a maior defensora da agenda de privatizações, consegue negar a face cruel dessa política, pautada na precarização e terceirização do trabalho, em transtornos cotidianos para os passageiros, e inclusive a insegurança para a vida de milhares de pessoas que precisam usar os transportes metropolitanos diariamente.

Nesse sentido, o eixo da nossa campanha salarial atualmente é a contratação de mais funcionários. Com mais investimento para o Metrô estatal e com mais trabalhadores, a população terá um transporte público com mais qualidade. Diferente da atual política de investimentos, que há décadas consiste em entregar os recursos públicos nas mãos gananciosas dos grandes consórcios privados e fundos de investimento.

Os metroviários historicamente lutam por melhores condições de trabalho, e seguirão lutando, por isso queremos que a Direção do Metrô atenda também todo o conjunto da nossa pauta de reivindicações. Até mesmo a equiparação e o reajuste salarial possui uma importância nesse cenário, porque serve como referência para outras categorias de trabalhadores também se mobilizarem contra a intransigência patronal.

Estamos em um país profundamente marcado pelo trabalho precário e a super exploração, principalmente após as reformas trabalhista e da previdência e a lei da terceirização, por isso nossa mobilização possui um programa que defende a efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso público, pois cotidianamente estes trabalhadores provam estar aptos para realizar suas funções. Não tem como lutarmos contra a terceirização sem ser através de melhores condições de trabalho para esses setores, que também são os que mais sofrem opressão na nossa sociedade (pois são na sua maioria mulheres e negros). Por isso, como reivindicação, exigimos o bilhete de gratuidade do Metrô para todos os terceirizados, para que, além de tudo, não precisem mais chegar ao ponto de pagar para vir trabalhar.

Veja mais: Mais de mil intelectuais, juristas, parlamentares e entidades acadêmicas e de representação de trabalhadores(as) lançam Manifesto contra a terceirização e a precarização do trabalho

Essa é uma luta que só pode ser feita de forma independente dos governos e patrões. Não podemos ter nenhum tipo de ilusão que o governo de Frente Ampla de Lula-Alckmin possa ser uma alternativa nesse sentido. Pelo contrário, nos primeiros 6 meses já demonstrou decisivamente o seu lado: contra os trabalhadores e a favor de medidas como o Arcabouço Fiscal, e permitindo a privatização do Metrô de BH. Além da brutal conciliação com a bancada ruralista na aprovação do Marco Temporal e do desmatamento da Amazônia contra os povos indígenas.

As principais centrais sindicais como a CUT/CTB, Força Sindical e UGT mantêm seu pacto com o governo e deixam de lado a luta contra as reformas e os ataques. Por isso, nós trabalhadores pertencentes ao Movimento Nossa Classe exigimos que as centrais sindicais rompam com esse pacto e passem a construir uma paralisação nacional imediata para unificar a classe trabalhadora com os povos indígenas. Isso, sem dúvida, seria uma grande política para derrotar a agenda de privatização de Tarcísio e do bolsonarismo em SP.

Até agora a Direção do Metrô de SP ofereceu poucas concessões econômicas e que não chegam nem perto de recuperar as perdas da pandemia. E até essa semana, no seu último comunicado, não respondeu nada sobre os temas que envolvem a política de privatização. Não aceitam contratar mais funcionários, não aceitam a readmitir os metroviários desligados em 2019 e 2020, mantém a ameaça à demissão dos trabalhadores do Monotrilho e fingem não escutar nossa reivindicação em defesa dos trabalhadores terceirizados.

Na última assembleia, aprovamos o indicativo de greve para o dia 13 e novamente desafiamos o governo a liberar as catracas, caso queira o metrô funcionando. Porque toda a demagogia que fazem com a população se revelou na última greve, a qual demonstrou que o governador sim é o mentiroso, não os trabalhadores.

Chamamos os metroviários a lotar a próxima assembleia e construir uma forte greve na base contra a privatização e a precarização do trabalho. Assim como chamamos toda a população a apoiar nossa luta!




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