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Metroviários de SP | Toda força à greve no Metrô de SP dia 15: a luta contra as privatizações de Tarcísio em 5 pontos

Metroviários e metroviárias debatem na assembleia de hoje o indicativo de greve que está marcado para amanhã (15), contra o plano de privatização anunciado por Tarcísio, que vai precarizar e encarecer ainda mais o transporte para a população, e que nesse momento avança com a terceirização da manutenção de trens da linha 15 do Monotrilho, demissões e outros ataques. Apontamos aqui 5 pontos para entender e fortalecer a luta unificada da nossa classe, junto com a população, contra a tentativa de Tarcísio de privatizar o Metrô, CPTM, Sabesp e outras estatais, arrebentando os trabalhadores e os serviços da população

segunda-feira 14 de agosto de 2023 | Edição do dia
Foto: Reprodução

1- O governador bolsonarista Tarcísio anunciou um plano de privatização sem precedentes, e é preciso enfrentá-lo!

Tarcísio declarou uma guerra contra os serviços públicos no estado, e pretende privatizar o Metrô, a CPTM e a Sabesp, além de outros setores, como EMAE e Rodoanel. É parte de seu projeto econômico neoliberal e privatista no estado, mostrando serviço para se alçar como herdeiro do Bolsonarismo e possível candidato em 2026. Também por isso, as mãos que privatizam são as mesmas que estão sujas de sangue da chacina no Guarujá.

No Metrô, Tarcísio anunciou que pretende privatizar todas as linhas estatais até o fim de 2025. É um plano sem precedentes, que consiste em uma declaração de guerra, não só contra uma das estatais mais importantes do estado, como contra uma das categorias de trabalhadores que mais vieram lutando nos últimos anos. A vitória ou derrota nessa luta no metrô será determinante para o curso das demais privatizações e ataques. É isso que está por trás das medidas que estão sendo implementadas neste momento e estão na pauta da greve, com pregão marcado neste mês para terceirização da manutenção da primeira dessas linhas, o Monotrilho, demissão dos trabalhadores envolvidos na colisão do Monotrilho em março encobrindo falhas de segurança conforme denúncias do sindicato, demissão de outros trabalhadores, inclusive um diretor do sindicato, por testemunharem contra o Metrô em processos trabalhistas de colegas, o enxugamento do quadro de funcionários, entre outros. Essa será uma guerra decisiva para nossa classe nos próximos anos, e cada batalha, como a da greve deste dia 15, pode ser determinante para o desenvolvimento dela.

2 - Só a mobilização da nossa classe com independência política pode barrar esses ataques

O plano de privatização de Tarcísio se apoia em medidas do governo Lula-Alckmin, como o arcabouço fiscal que deixa fora do teto de gastos todos os valores de investimentos definidos como parte de planos de privatização, PPPs e concessões, a privatização do Metrô de BH, que era empresa federal, levada a cabo pelo governo Lula no início do ano derrotando uma longa greve de metroviários, a ameaça de privatização do metrô de Recife, também federal, que está sendo enfrentada com greve pelos trabalhadores, as privatizações de partes da Petrobrás, entre outras. Assim, não é possível confiar ou esperar do governo federal, nem tão pouco da justiça que vem avalizando esses e outros ataques, qualquer saída. Só com a luta dos trabalhadores de forma independente será possível derrotar essas medidas.

3 - Unidade entre trabalhadores e a população que sofre com a precarização do transporte! Contratação já!

Os efeitos desses ataques são sentidos todos os dias pela população de SP, que sofrem com a precarização dos serviços, a superlotação do transporte, as altas tarifas em meio ao desemprego e a falta de funcionários para o atendimento. O exemplo mais notório, são as linhas 8 e 9 da CPTM que não saem dos noticiários e mostram que após a privatização tudo piorou, com constantes acidentes e falhas.

Nós metroviários, que protagonizamos a primeira grande batalha contra o governo do Tarcísio no início do ano e defendemos as catracas abertas, estamos lutando por um serviço de qualidade prestado à população. Por isso, nós que fazemos parte do Movimento Nossa Classe e da diretoria do Sindicato como minoria, defendemos em cada reunião e assembleia que a luta passa também pela luta por contratações já para todas as áreas, o que se contrapõe diretamente à privatização e terceirização, e unifica os metroviários que sofrem com a sobrecarga e a população que precisa de melhor atendimento. Por isso apontamos que em junho deste ano a maioria da diretoria do sindicato levou a perder uma oportunidade política de já levar adiante essa luta, em melhores condições.

4 - É preciso exigir das demais direções sindicais a unidade na luta contra a privatização e os ataques

Tarcísio já está avançando também na privatização da CPTM e da Sabesp. Todo trabalhador vê que é necessário unificar a luta, que assim somos mais fortes. Entretanto, os sindicatos ligados à UGT e à CUT na CPTM, e à CTB na Sabesp, não aderiram à política de greve no dia 15. A direção do Sindicato dos Metroviários, portanto, não pode se adaptar a essa situação, e devem fazer uma forte exigência a esses sindicatos. O Movimento Nossa Classe, como minoria da diretoria do Sindicato dos Metroviários, apresentou em reunião a proposta de chamado público aos demais sindicatos a construir em unidade a greve no dia 15, e de levar esse chamado às bases das demais categorias, que foi recusada pela ala majoritária do Resistência-PSOL, e lamentavelmente nesse caso também pelo PSTU e outras correntes do PSOL (CST e RS-Unidos), afirmando que os demais sindicatos já apontavam nos bastidores que dia 15 não seria unificado, deixando a promessa de possível paralisação unificada para outubro. Ao contrário precisamos batalhar por uma frente única operária contra esses ataques, o que passa por exigir das demais direções a unidade efetiva na luta, e denunciar a trégua que estão dando a Tarcísio, e a colaboração de todas as grandes centrais sindicais com o governo Lula e seus ataques, e exigir um plano de luta que unifique as lutas dos trabalhadores de SP e de todo o país, como os metroviários em greve em Recife.

5 - Aprovar a greve e fortalecer a auto-organização pela base!

Por tudo isso, na assembleia deste dia 14 é fundamental a participação em peso de toda a categoria, aprovar a greve para barrar os planos de privatização, e fortalecer a organização de base em todas as áreas para controlar e fortalecer a luta nesta batalha e também na greve que vai seguir!




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