Flávio Rodrigues, de 44 anos, havia pedido licença do trabalho por ter um problema no coração, o que o colocava no grupo de risco da covid-19. Ele se infectou na escola e faleceu na última terça.
sexta-feira 19 de março de 2021 | Edição do dia
Foto: arquivo pessoal.
Agente Educacional no Colégio Paulo Freire, em Foz do Iguaçu-PR, Flávio Rodrigues, 44 anos, faleceu na última terça-feira (16) por covid-19. O trabalhador sofria de um problema grave no coração e, por isso, se enquadrava no grupo de risco para a doença.
No dia 2 de fevereiro, exatamente seis semanas antes de morrer, Flávio protocolou um pedido de licença, o qual reunia documentações que comprovavam seu estado de comorbidade. Dez dias depois, o pedido foi negado pela Secretaria da Administração e da Previdência.
Desde então, o trabalhador retornou à escola, a qual ele seguiu frequentando até ser dispensado pela diretoria por apresentar sintomas da covid-19. Internado desde o dia 3 de março, Flávio não resistiu à doença e faleceu menos de duas semanas depois.
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A Secretaria da Administração e da Previdência do Paraná disse ao Brasil de Fato que "A perícia indeferiu o primeiro pedido de afastamento porque os documentos que foram inseridos no protocolo [...] eram antigos.", transferindo a culpa da morte de Flávio para ele mesmo. Os documentos apresentados eram de 2017, referentes a uma cirurgia de alto risco no coração.
Flávio morava com o filho de 11 anos.
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