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GREVE | Trabalhadores da educação de Contagem em greve fazem carta à comunidade

Publicamos abaixo a carta escrita por professores da rede municipal de Contagem para a comunidade escolar. Os trabalhadores da educação de Contagem estão em greve desde sexta-feira, dia 15, contra a falta de reajuste salarial, fechamento de turmas e pelo preenchimento das vagas ociosas de professores nas unidades que o governo de Marília Campos (PT) se nega a garantir.

Júlia SantanaProfessora da rede municipal de Contagem

segunda-feira 18 de março | Edição do dia

PREZADOS PAIS E RESPONSÁVEIS

Nós, professores, ESTAMOS EM GREVE DESDE O DIA 15 DE MARÇO CONTRA A SITUAÇÃO PRECÁRIA DA EDUCAÇÃO EM CONTAGEM.
As escolas públicas não recebem o investimento necessário e nem possuem a infraestrutura adequada para as atividades cotidianas. E tanto nós, trabalhadores da educação, como os estudantes sentimos isso na pele todos os dias.

Faltam salas, quadras e espaços adequados para a quantidade de turmas e estudantes que recebemos, obrigando os professores a revezarem os espaços entre suas aulas.

Também sofremos com a falta de materiais. Não há livros didáticos para todos os estudantes e muitos alunos não possuem mais de uma peça de uniforme para poder usar durante a semana. As salas não possuem equipamentos que facilitem a organização de aulas diferenciadas, como computadores e projetores, e em muitas salas faltam ventiladores capazes de aliviar o calor extremo.

Os estudantes também sofrem com a falta de pessoal qualificado. Não temos monitores de educação especial para todos que necessitam gerando sobrecarga de trabalho para os monitores que têm de atender até três estudantes ao mesmo tempo.

Neste ano de 2024, várias escolas de Contagem iniciaram o ano letivo faltando professores. Isso sobrecarregou ainda mais os demais professores que ficaram com menos tempo para organizar e planejar aulas de qualidade. Não fosse o suficiente, a prefeitura ainda ordenou o fechamento de turmas superlotando as salas.

Em meio a tudo isso, a prefeitura do governo de Contagem, Marília Campos (PT), se nega a reajustar o salário dos professores e técnicos administrativos, mantendo o valor abaixo daquele definido como o nosso piso salarial, que é o valor mínimo, justo e digno para a realização do trabalho educacional. Essa luta também é dos estudantes, pois eles serão futuros trabalhadores.

Aceitar que o governo não cumpra com o direito dos professores é aceitar com que não cumpram também com os direitos de outras profissões!

Por tudo isso nos colocamos em greve! Para que consigamos impor pela nossa luta, não apenas nossos direitos como trabalhadores da educação, mas também para denunciar as condições precárias de trabalho e para melhorar as condições educacionais dos nossos alunos.

CONTAMOS COM SEU APOIO E SOLIDARIEDADE À LUTA POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE!




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