(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Mendonça foi chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) e foi indicado por Bolsonaro para a vaga de Marco Aurélio Mello. Ele foi sabatinado por 8 horas na CCJ, após sua sabatina ter demorado meses para ser agendada.
Mendonça fez um discurso demagógico, dizendo que não seria um ativista e que iria defender o estado laico, apesar de ser o ministro "terrivelmente evangélico" que Bolsonaro havia prometido indicar ao STF. Ele disse ainda que não houve derramamento de sangue para se conquistar a democracia no Brasil, ignorando os milhares de mortos pela ditadura empresarial-militar de 1964 até 1985, e também desconsiderando os milhares de jovens negros mortos nas periferias brasileiras durante o atual período democrático no país.
Ele defendeu ainda o uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) para a perseguição de opositores do presidente Jair Bolsonaro, e que Mendonça foi responsável por aplicar quando foi ministro da Justiça e da Segurança Pública.
A relatora da indicação, a senadora Eliziane Gama (Cidadania), fez um relatório favorável a Mendonça e disse ainda que seria necessária que ele precisará de "grandes responsabilidades para com o Estado laico e a democracia", o que chega a ser risível sendo direcionado a alguém apoiado por Bolsonaro e pela bancada evangélica.
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