De norte ao sul do Brasil, vimos ocupações secundaristas e universitárias lutando contra a MP do Ensino Médio e contra a PEC 55. Nós da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária defendemos em todas as ocupações que participamos a necessidade do movimento se expandir, se unificar a partir de comandos regionais e nacional, com representantes eleitos em assembleia de base construindo uma direção democrática, exigindo que a UNE rompa seu atrelamento ao PT e ligando a juventude aos trabalhadores. Afinal, sozinhos não conseguimos derrotar o conjunto dos ataques de Temer.

Combatemos a repressão dos governos, como a do Alckmin (PSDB) em São Paulo com as reintegrações de posse e a violenta repressão da PM do Pimentel (PT) em Minas Gerais que nessa semana invadiu a UFMG com bombas e gás.

Mas o movimento não avançará enquanto a UNE usurpá-lo para satisfazer os interesses do PT. O dia 29 em Brasília fez com que ela aparecesse para fora como representante dos estudantes, mesmo a luta tendo passado totalmente por fora da UNE. Uma coisa é clara, a UNE não tem interesse de combater de fato os ajustes, e sim de desgastar o governo Temer visando o Lula nas eleições presidenciais em 2018.

Lições como essas são importantes para pensarmos os próximos passos e impedir com que o petismo consiga sequestrar o movimento em torno de sua política de “oposição responsável” ao governo Temer. A juventude tem mostrado seu animo de luta, que pode antecipar as lutas dos trabalhadores, só assim é possível defender a saúde, educação e acabar com os ajustes, as ocupações precisam se expandir sem se “tornar um fim em si”, mas ganhando o apoio da sociedade.