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BELO HORIZONTE
Contra o aumento da passagem do metrô, nesta sexta-feira vamos às ruas de Belo Horizonte
Francisco Marques
Professor da rede estadual de Minas Gerais
Dani Alves

Nesta sexta-feira (11), às 17h, haverá uma manifestação contra o aumento abusivo do preço dos bilhetes anunciado pela CBTU, de R$1,80 para R$3,40. A manifestação começará na Praça Sete.

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Na segunda-feira (7) a CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos - anunciou o aumento de 88% no preço das passagens do metrô em Belo Horizonte. As passagens passarão dos R$1,80 atuais para R$3,40. O aumento foi recebido com revolta pela população e gerou repúdio nas redes sociais.

Na mesma segunda-feira foi convocada uma reunião contra este aumento, chamada pela UEE-MG, UCMG, DCE PUC Minas, Grêmio do Estadual Central e DCE da UEMG. Estavam presentes cerca de 40 pessoas e dezenas de entidades, além das que convocaram a reunião, como o a UNE, a UBES, DCE da UNA, o CAAP da Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG; a AMES-BH; o bloco de carnaval Alô Abacaxi, e a Frente Autônoma LGBT. Quase todas as organizações da esquerda e centro-esquerda da cidade estavam presentes, como a UJS/PCdoB, UP, UJC/PCB, Juntos/PSOL, Rizoma/PT, CST; PSTU. Também estiveram presentes trabalhadores metroviários e a direção do SINDMETRO.

Reunião contra o aumento realizada no CRJ.

Nesta reunião foi votada a organização de uma manifestação na sexta-feira, dia 11, às 17h, começando na Praça Sete. O evento do Facebook pode ser acessado clicando aqui.

Nós da Juventude Faísca e do MRT também estivemos presentes, denunciando o aumento absurdo proposto pela CBTU a mando de Temer. A medida vai praticamente igualar o preço das viagens de metrô ao preço das viagens de ônibus, liquidando este pequeno direito de viajar de forma mais barata na região metropolitana de BH, que apesar de muito insuficiente, por só ter uma linha no metrô, tinha feito aumentar exponencialmente o uso do metrô nos últimos anos, especialmente pela população mais pobre. O metrô se juntará ao péssimo e caro transporte coletivo de BH. E sabemos que com o aumento dos preços também aumenta o risco de privatização, já que a empresa se torna muito lucrativa.

Este aumento é parte do plano do governo golpista de Temer de fazer os trabalhadores e a população pagarem pela crise econômica, com perda de empregos, direitos trabalhistas e sociais e com o avanço do golpe e do autoritarismo. E as empresas públicas como a CBTU também estão na mira de Temer, ameaçadas de privatização, como já foi anunciado para a Eletrobras e para a Petrobras. Um plano para favorecer os grandes empresários penalizando a maioria trabalhadora. Como parte do plano que inclui o aumento do preço das viagens, a CBTU também anunciou que irá demitir centenas de trabalhadores terceirizados que prestam serviços no metrô.

A nossa intervenção também denunciou como o governador Fernando Pimentel (PT) e o prefeito de BH Alexandre Kalil (PHS) vêm ajudando nestes ataques, reprimindo greves e negando direitos aos trabalhadores, e sendo também responsáveis pela manutenção da precariedade dos transportes.

Nessa situação devemos confiar somente nas nossas forças e na luta de classes, nos unindo com os trabalhadores, que protagonizaram importantes greves nos últimos meses, como a vitoriosa greve dos professores das instituições particulares de ensino de MG que barrou a implementação da Reforma Trabalhista na categoria, a greve da educação do estado de MG que durou 40 dias exigindo de Pimentel o cumprimento da promessa de aumento salarial e o fim do parcelamento e atraso nos salários, e a greve da Educação Infantil de BH que continua, e que demanda o aumento salarial prometido por Kalil.

As ações jurídicas e de pressão aos parlamentares devem se subordinar à luta organizada nas bases, a partir de assembleias que organizem centenas ou milhares de jovens que não querem aceitar este aumento abusivo. Como apontamos na reunião, esta organização é responsabilidade das entidades que estavam lá presentes e que dirigem as principais entidades de base (como grêmios, DAs e DCEs) e entidades gerais representativas dos estudantes, como a UNE, UBES, UCMG, UEE e AMES-BH.

Defendemos a abertura das contas da CBTU, para sabermos quanto a empresa lucrou, quanto e onde gastou durante todos estes anos e o que fazem com as verbas que recebem do governo federal. Lutamos para que a crise seja paga pelos capitalistas sem cortes para a população, e que o transporte seja totalmente estatizado sob controle dos trabalhadores e usuários contra o lucro e contra a corrupção.

Chamamos todos à manifestação, na sexta-feira, dia 11, às 17:00 na Praça Sete.

 
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