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VÍDEO: lançamento de “A revolução e o negro” na USP, com Marcello Pablito e Letícia Parks

Para remarcar o mês da consciência negra, ocorreu no dia 25 de novembro no auditório Milton Santos, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas na Universidade de São Paulo (USP), a atividade de lançamento de A revolução e o negro. A nova edição revisada e ampliada traz textos inéditos e foi organizado por Marcello Pablito, Daniel Alfonso e Letícia Parks.

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Video:
http://youtu.be/_mtI1VjM6_0

Depois da breve abertura de Odete Cristina, que fez a mediação da mesa, Letícia Parks fez uma exposição em que lembrou de crimes como o do apartheid na África do Sul e o massacre na Etiópia, remarcando a importância de recuperar as lutas do passado para evitar os erros e repetir os acertos do passado no presente. Fez, ainda, uma retomada dos anos de 1920 e 1930 do comunismo na África do Sul com a entrada na arena internacional da União Soviética, demonstrando os impactos da burocratização da III Internacional Comunista estalinizada nas organizações da África do Sul. A troca de cartas publicada na seção “Negros diálogos na África do Sul” entre T. W. Thibedi e Leon Trótski é exemplar da reação dos revolucionários negros da África do Sul reunidos em torno do Clube Lênin a esse estado de coisas. Para finalizar sua fala, Letícia retomou a luta das mulheres contra o apartheid na África do Sul nos anos de 1950, a partir das leis antipasse, que restringia o trânsito de pessoas. Com isso, finalizou saudando a história das mulheres negras brasileiras, cuja vida e luta só chegam até nós pelo trabalho de militantes e lutadoras, e reivindicando a posição de vanguarda das mulheres na luta antirracista e anticapitalista.

Marcello Pablito, fundador do Quilombo Vermelho, trabalhador do bandejão da USP e diretor do Sintusp, iniciou sua fala denunciando o processo de terceirização por que está passando a unidade do bandejão que funciona na Faculdade de Física. Também lembrou como sofrem os trabalhadores terceirizados no bandejão da Universidade de São Paulo, os quais são impedidos de comer a comida que cozinham. A eles, aos negros e às negras que sofrem todos os tipos de opressão no Brasil e no mundo, às massas latino-americanas que fazem tremer os capitalistas, dedicou a nova edição de A revolução e o negro. Em sua fala, Pablito retomou o percurso histórico da dupla de palavras que dá título ao livro, mostrando como “a revolução” e o “negro” não só se cruzam, mas estão intimamente ligadas, diferentemente do que querem aqueles que acusam o pensamento marxista de eurocêntrico. Como disse, A revolução e o negro contribui para mostrar a íntima relação entre o marxismo revolucionário e a luta antirracista.

Seguiu-se as falas um animado e rico debate, em que pessoas do público fizeram perguntas aos membros da mesa.

 
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