A luta dos estudantes secundaristas avança no interior de SP: ocupada nesta terça, 17, importante escola central da cidade de Campinas, a E.E. Carlos Gomes.
Na manhã desta terça-feira, 17, os estudantes da E.E. Carlos Gomes, importante escola de Campinas, decidiram, após duas manifestações, ocupar a escola em contra a reorganização escolar de Alckmin. A ocupação se soma a onda de ocupações na Grande São Paulo, que já contabiliza 27 ocupações, veja cobertura no Esquerda Diário.
A Escola Carlos Gomes, está localizada na região do corredor central de Campinas, e conta com aulas nos três períodos, ensino médio, ensino fundamental I e II e educação de jovens e adultos (EJA). Alckmin, quer fechar o ciclo noturno, EJA e fundamental I na escola, precarizando a educação em mais um ataque à educação pública e à juventude da cidade.
Guilherme, estudante do curso de Matemática da Unicamp, militante da Juventude às Ruas e correspondente do Esquerda Diário, e o professor Chico da E.E. Barnabé e militante do Professores Pela Base, estiveram presentes na ocupação, prestando solidariedade junto à outros professores, estudantes, coletivos da esquerda e independentes.
O Esquerda Diário, denuncia a truculência da direção da escola, que assediou os alunos e professores, e ainda, a polícia militar e o Exército, que tentaram intimidar o movimento dos estudantes secundaristas, ao realizarem passagens em frente à escola.
Veja o vídeo de Lorena, estudante do Carlos Gomes sobre a ocupação da escola:
Divulgamos aqui as pautas da ocupação na escola Carlos Gomes :
Pauta geral:
- Contra a reorganização, fechamento de escolas, ciclos e turnos;
Contratação de mais professores e funcionários públicos;
Nenhuma repressão ou retaliação aos alunos que tomaram frente aos atos e professores que tomaram;
Mais democracia nas ecolas (Grêmio Livre JÁ!);
Contra a superlotação nas salas de aula com no máximo 25 alunos por classe;
Não ao corte de verbas na educação, queremos mais investimento público para a escola pública.
Pauta interna Carlos Gomes:
Contra o fechamento do ciclo noturno, EJA e fundamental I ( 1º ao 5º ano), na escola Carlos Gomes, principalmente por ser uma escola de corredor;
Criação do Grêmio;
Flexibilização do horário de entrada (15 minutos de tolerância);
Averiguar transparência no gasto da escola;
Contra a repressão dos alunos por causa das vestimentas (calças rasgadas, coturnos,colares, chinelos).
Confira também na imagem abaixo, o pronunciamento público dos estudantes da E.E. Carlos Gomes :