Com o negacionismo e negligência de Bolsonaro, militares e dos capitalistas, a empresa IBL, contratada por R$ 62,2 milhões pelo Ministério da Saúde, está enviando vacinas vencidas e em locais inapropriados, além dos inúmeros casos de atrasos.
Doses de vacinas pediátricas da Pfizer chegam a Santa Catarina em caixa de papelão com gelo - Arquivo pessoal
O Ministério da Saúde do reacionário Queiroga indicou, segundo a Folha de São Paulo, que deixaria as doses pediátricas da vacina contra a COVID-19 “no meio do caminho”. Isso acontece porque a empresa contratada pelo Ministério para armazenamento e distribuir as doses pediátricas da Pfizer está, segundo diversas denuncias, enviando vacinas vencidas; em locais inapropriados e trocando-as por doses de adultos. Isso quando essas doses não atrasam ou, simplesmente, não chegam ao seu destino.
A responsável é a empresa contratada pelo Ministério da Saúde, IBL (Intermodal Brasil Logística) que ganhou dois contratos no fim de dezembro, no valor de R$ 62,2 milhões. Os contratos foram assinados pelo general Ridauto Lúcio Fernandes, diretor do DLOG (Departamento de Logística em Saúde).
O negacionismo de Bolsonaro e da extrema-direita está diretamente obstruindo a entrega de vacinas para imunizar crianças. O descaso com a vida é grotesco, ainda mais levando em conta que estamos diante de um crescimento exponencial de casos no Brasil e no mundo devido às novas variantes. Enquanto Bolsonaro diz que a cepa Ômicron é “bem-vinda”, a vida, principalmente, das crianças filhas da classe trabalhadora negra e oprimida, estão sendo ceifadas.
Basta! Nossas vidas valem mais que o lucro deles! É fundamental batalharmos pela quebra das patentes das vacinas, que apenas enriquecem os monopólios imperialistas, sem nenhuma indenização. Governadores como Dória, o STF e o Congresso, bem como todo esse regime podre estão de mãos dadas com os negacionistas para garantir os lucros dos capitalistas por meio das patentes.
Esse caso absurdo de ineficiência capitalista demonstra que precisamos defender o controle operário da produção e distribuição das vacinas. Afinal é a classe trabalhadora a mais interessada na imunização e a que melhor sabe como gerir e combater essa crise sanitária - ao contrário de Bolsonaro, Mourão e militares, negacionistas de primeira ordem.