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Eleições DF
De ministra à senadora: Damares Alves é eleita para defender agenda reacionária contra as mulheres no DF
Luiza Eineck
Estudante de Serviço Social na UnB

Damares Alves foi eleita como senadora pelo DF com mais de 45% dos votos. O governo de Bolsonaro e Damares foi marcado por sua cruzada reacionária contra as mulheres e os setores oprimidos. A candidata pelo partido Republicanos que coleciona declarações e casos que nos fizeram revirar o estômago, assumirá o cargo para continuar defendendo sua agenda reacionária contra as mulheres no Senado pelo DF.

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Damares esteve na linha de frente na luta contra direitos históricos das mulheres, banhada de conservadorismo, a pastora bolsonarista assumirá o senado pelo Distrito Federal no próximo governo. Ela foi ferrenha na luta contra o direito ao aborto e ao próprio corpo, assinou pelo Brasil a carta contra o direito ao aborto e queria criar uma data comemorativa para os riscos do aborto, ou seja, defender mortes por abortos clandestinos, sabemos que as vítimas são as mulheres negras e trabalhadoras. E chegou a dizer que sexo não consentido é diferente de estupro para ser contra o aborto, e defender a abstinência sexual como método contraceptivo.

Outro caso absurdo foi em relação a menina de 10 anos do Espírito Santo que foi estuprada por um parente, ao tentar realizar o aborto legal, ela sofreu todo tipo de violência e comprovou que Damares foi a responsável por vazar os dados da menina e do hospital para fundamentalistas religiosos, incluindo a “ex-feminista” Sara Winter. Damares também é uma das fundadoras da ONG Aniti - Voz pela vida, que esteve relacionada a casos envolvendo tráfico de crianças indígenas e adoção irregular.

Enquanto ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) no governo Bolsonaro usou somente 24,6% do total de R$ 120,8 milhões para ações de enfrentamento à violência contra mulher em 2020, no mesmo ano em que a pandemia contribuiu para o aumento dos casos contra a mulher, somando-se 105.671 denúncias de violência contra mulher, na qual 72% eram de violência doméstica e intrafamiliar. Incitou o ódio sistemático aos setores oprimidos e aos trabalhadores. O número de feminicídios, violência contra as mulheres, negras e negros, LGBTQIAP+ e crianças aumentaram. Além disso, o Brasil é o país que mais assassina LGBTs e pessoas Trans no mundo, com níveis alarmantes de transfeminicídio. A pastora sempre que podia vomitava um ódio às LGBTQIAP+, reafirmando estereótipos de meninas usam rosa e meninos usam azul em nome da luta contra a “ideologia de gênero” nas escolas.

Em segundo lugar na disputa ao senado ficou Flávia Arruda (PL), igualmente ultrarreacionária. Esposa do ex-governador corrupto e conservador do DF José Roberto Arruda, ela foi ministra chefe da Secretaria do Governo de Bolsonaro, elencada para ser a coordenadora entre o governo federal e o centrão com o orçamento secreto. Quando deputada federal votou favorável à reforma da previdência.

Esses são apenas alguns dos absurdos promovidos por Damares, e a votação de Flávia Arruda demonstra o peso da extrema-direita na região, representantes do mais podre que a extrema-direita tem à oferecer aos mais oprimidos, assim como a demonstração do que a base reacionária bolsonarista ainda continuará existindo mesmo se Bolsonaro não se reeleger. A base bolsonarista forte do Distrito Federal só poderá ser combatida à altura com a luta da classe trabalhadora em unidade com os movimentos sociais e a juventude.

Desde já, é preciso batalhar para que o movimento de mulheres volte a se organizar, tomar às ruas, também pelas demandas urgentes de todos os setores oprimidos da população. Isso não será resolvido por Lula e PT que agora junto de Alckmin vão administrar o capitalismo e todos os ataques, em seus 13 anos de governo rifaram os direito das mulheres, inclusive do aborto, e aprofundaram os laços com as Igrejas.

O movimento de mulheres, junto às centrais sindicais e as organizações de esquerda, devem em cada local de estudo e trabalho debater com as trabalhadoras e os trabalhadores para que se organizem também na luta contra feminicídio e a violência de gênero, pelo aborto legal, seguro e gratuito garantido 100% pelo SUS, assim como pela separação da Igreja e do Estado. Educação sexual nas escolas e contraceptivos para todes. Pela livre expressão de gênero e sexualidade. Essas batalhas não estão descoladas da luta pela revogação integral de todas as reformas, a começar pela Trabalhista e da Previdência, e privatizações que atacam ainda mais as mulheres e os oprimidos. Precisamos da unidade das fileiras operárias e os grupos oprimidos, para gerar uma força capaz de ir por muito mais. Essas são parte da batalha que nós do grupo de mulheres Pão e Rosas damos em cada lugar que estamos por um feminismo socialista! E, não ao feminismo liberal de Tebet e Bolsoraya.

 
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