No encontro do Pão e Rosas de se destacaram especialmente as falas de diversas pessoas não binária e mulheres trans, trabalhadores e estudantes, que aproveitaram o encontro para questionar as estruturas do patriarcado que dividem a classe trabalhadora em dois gêneros somente, marginalizando todes aqueles que não se enquadram nesse padrão binário perpetuado pelo capitalismo.

Poucos dias depois do deputado Nikolas Ferreira destilar todo seu reacionarismo e transfobia no congresso nacional, no encontro do Pão e Rosas de o que se viu foram sucessivas falas em defesa das identidades trans e pela luta por mais direitos. Uma clara expressão da enorme luta que as LBGTs vem dando internacionalmente pelas suas identidades e livre sexualidade, que no Brasil se volta frontalmente contra toda lgbtefobia de Bolsonaro e Damares, mas que também não pode nutrir qualquer ilusão no governo de frente ampla de Lula-Alckmin, que está com todos tipo de reacionarios e metido até o pescoço com a bancada evangélica da "cura gay".

Virgínia Guitzen, travesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC, contou sobre a luta que tem vivido há anos para conquistar uma cirurgia pelo SUS, que inclusive essa semana mais uma vez foi adiada sem qualquer aviso, com Virgínia já na sala de cirurgia. Esse episódio demonstra o total descaso dos governos capitalistas com a população trans, que tem negada até o direito de decidir sobre seu próprio corpo.