Tarcísio alegou que os 5% seriam investidos no orçamento da saúde e utilizou como justificativa que a Constituição Federal determina que os estados apliquem 25% de seus recursos no ensino público e a Constituição do Estado de São Paulo determina que o mínimo seja de 30%. Enquanto isso, aprofunda os ataques na educação com cortes, implementação do Novo Ensino Médio e militarização nas escolas. Além disso, Tarcísio também vetou um projeto que previa ônibus gratuitos para pessoas com deficiência em SP.

O plano de Tarcísio é privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM, a começar pela Sabesp, empresa de tratamento de água e esgoto em São Paulo, que já anunciou que quer vender até 2024. Essa política se apoia na conciliação de classes do governo federal, o que se materializa também na concessão de ministério ao partido de Tarcísio, o Republicanos.

Nesta sexta (20), a Apeoesp está convocando uma assembleia com paralisação contra os ataques que a educação vem sofrendo, que agora se aprofunda com o governo bolsonarista e privatista de Tarcísio. Para que esse dia não conste apenas no calendário do sindicato, mas expresse a força da mobilização das professoras e professores, é preciso que a Apeoesp construa no chão de cada escola, garantindo medidas para que os professores tenham direito de paralisar sem desconto salarial ou retaliações pelas direções.

Mais uma vez esse dia já é marcado pela separação das lutas, já que dia 3 vimos uma greve unificada entre Metrô, CPTM e Sabesp contra o mesmo inimigo que temos, o governo Tarcísio, e apesar do chamado da Oposição Unificada Combativa e da reunião de representantes de escola de Santo André à adiantar a assembleia e paralisação pro dia 3 e unificar as forças, nada foi feito.

É preciso construir uma paralisação neste dia 20 de outubro pela base contra Tarcísio e os ataques. É necessário que a base das categorias se unifiquem para exigir de suas direções sindicais e das direções das centrais sindicais, como a CUT e a CTB, que construam um plano de luta através de assembleia de base, com direito a voz e voto para todo os trabalhadores, imediatamente, ligando todas as demandas dos trabalhadores e estudantes da USP e da Unicamp em greve contra as reformas, como a trabalhista e da previdência que avançaram com o golpe de 2016, contra as privatizações e contra o Arcabouço Fiscal e pelo não pagamento da dívida pública.