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Crise ambiental
Estiagem na Amazônia pode ser uma das maiores já registradas na região
Redação

O Rio Negro, que é um dos grandes rios da região, está em seu ponto mais baixo desde o início dos registros históricos, iniciado em 1904. Carcaças de animais como botos são vistas em diversos pontos de rios e igarapés. O Fenômeno do El Niño, que esquenta as águas do oceano pacífico, é um dos causadores usuais deste período de estiagem, no entanto especialistas apontam que os impactos pelo modo de produção capitalista atual intensificam e aceleram este processo.

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Cenas desoladoras de carcaças de animais pelas margens e leitos de rios secos, como a de botos marinhos. Uma seca que vem afetando a vida de quase 700 mil pessoas na parte ocidental da Amazônia, sobretudo nos estados do Acre, Amazonas e Roraima, mas que tem impactos diretos sobre todos aqueles que vivem nas áreas do bioma. Diversas cidades já estão com estado de alerta decretado por suas defesas civis.

A estiagem registrada neste ano já chega próxima aos maiores registros históricos medidos. Até então, a maior seca havia sido registrada em 2010, mas os dados preliminares atuais mostram que a magnitude da seca atual tem potencial para ultrapassa-la.

O fenômeno climático do El Niño é sem dúvida um dos causadores. O El Niño é um fenômeno natural em que ocorre um aquecimento das águas do pacífico que ao se deslocarem para a face ocidental do continente sulamericano vai impactando diretamente o clima do subcontinente. Este aquecimento faz com que sejam registrados baixos índices pluviométricos e com menos chuva os rios tendem a entrar num estágio abaixo do normal. Este processo está sempre associado a períodos de seca, como já havia ocorrido também no período de estiagem de 2010. O aquecimento das águas do oceano atlântico também cooperam para a seca.

No entanto, pesquisadores apontam que a interferência humana no planeta, a partir dos impactos causados pelo modo de produção capitalista, também podem influenciar nesta instabilidade climática, relacionando-se diretamente ao aquecimento da temperatura geral do planeta. Esse impacto inclusive pode ser sentido no ar do estado do Amazonas, que permaneceu muitos dias com grandes nuvens de fumaça no céu, que são parte de ações criminosas de grandes latifundiários.

Uma perspectiva real de mudança desse cenário, que não coopere e acelere mudanças climáticas já naturais, é o enfrentamento direto ao agronegócio que avança sob o bioma amazônico e já destruiu boa parte do cerrado brasileiro. A ganância capitalista tem de ser enfrentada com os métodos de luta da classe trabalhadora, a classe que é impactada diretamente pelas mudanças climáticas.

 
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