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Disputa eleitoral | Alto índice de rejeição de Bolsonaro reflete dados da última pesquisa eleitoral da Datafolha

Nos índices de intenção de votos, Bolsonaro aparece bem longe da expectativa de ganhar a liderança no primeiro turno, com apenas 22% de intenções dos votos. Os candidatos da chamada “terceira via”, tampouco, estão tendo algum sucesso de construir alguma candidatura sólida. Já Lula, com chapa cada vez mais consolidada com o direitista Alckmin, aparece com 48% da intenção de votos.

sexta-feira 17 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Montagem/Reprodução

Na última semana (de 13 a 16) foi realizada a pesquisa do Datafolha sobre intenção de votos, presencialmente, em 191 cidades do país, com 3,666 pessoas de mais de 16 anos. Os dados mostram uma baixa intenção de votos para Bolsonaro, com apenas 22% das intenções, o que se mostra até mesmo um reflexo do índice de rejeição do atual presidente, que já ultrapassa a marca de 60% de índice de rejeição segundo o próprio Datafolha. A “terceira via” que conta com Ciro Gomes e João Dória, candidatos que prometem, igualmente, ataques pela burguesia mas encenam serem mais moderados do que Bolsonaro, não decolou muito. Ao contrário, embolou os votos dos poucos eleitores voltados ao setor quando Sérgio Moro sinalizou entrar na disputa, dividindo votos nas pesquisas, mas apenas dentro da inexpressiva terceira via, arrecadando poucos votos de Dória e Ciro e alguns de Bolsonaro.

Após ser um dos pilares da continuidade do golpe, com a prisão arbitrária de Lula e alavancagem de Bolsonaro, para se tornar ministro, passando por um rompimento e tentando limpar a sua imagem da cada vez mais profunda derrocada eleitoral de Bolsonaro, parece que ao final, não obteve os resultados que esperava, figurando com apenas 9% de intenção dos votos, passando Ciro e Dória para 7% e 4% respectivamente.

Em todo esse cenário, todas as tentativas da direita e da burguesia que anseia pela continuidade dos ataques em larga escala contra os trabalhadores que Bolsonaro levava a frente vão gradualmente se diluindo, enquanto Lula já figura perto da marca dos 50% de intenção de voto, com chances de vitória ainda no primeiro turno.

Todavia, não é aqui que a burguesia será freada e cessarão os ataques contra os trabalhadores, com um Lula que vem agressivo no quesito conciliação de classes e extremamente disposto a negociar e agradar a burguesia, sendo a principal sinalização desse posicionamento a sua cada vez mais sólida chapa com Geraldo Alckmin, político de direita recém saído do PSDB. Se o setor do empresariado e do capital financeiro talvez ainda torça o nariz para um cenário de eventual vitória de Lula, é somente por receio de que tenham diminuído o fluxo de ataques e reformas que empobreceram a população brasileira e garantiram o lucro dos patrões nos últimos anos, durante a crise. Lula faz todos os esforços para demonstrar que seguirá garantindo seus lucros ao mesmo tempo em que tenta perfumar uma campanha que já promete ataques ao povo, como suas intenções de subserviência ao FMI.




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