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Mamata | Após leite condensado, filé mignon e picanha, Exército gasta R$ 79 mil com "cardápio especial"

Os itens listados incluem serviços de buffet para até 740 pessoas, no valor de R$ 79 mil e um cardápio que inclui jantar com “camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau", além de outras regalias deploráveis. Não é de hoje que os gastos incomuns dos militares e do governo Bolsonaro e Mourão com alimentação são absurdos, que demonstram como estes vivem na mamata às custas da classe trabalhadora e do povo brasileiro.

quarta-feira 23 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Imagem: Forças Armadas - Marcos Corrêa/PR

Em Porto Velho (RO), o 2º Grupamento de Engenharia do Exército contratou uma empresa para executar serviços continuados de manutenção de bens imóveis, com a justificativa de que a contratação é destinada à manipulação de alimentos. Mas, absurdamente, os itens listados incluem serviços de buffet para até 740 pessoas, no valor de R$ 79 mil e um cardápio que inclui jantar com “camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau".

E não para por aí: além do cardápio especial, a contratação prevê o fornecimento de bebidas como chope, whisky e outros destilados, e até mesmo “um pacote de gelo de coco para cada 15 pessoas”. Não é de hoje que os gastos incomuns dos militares e do governo Bolsonaro com alimentação são absurdos, e se somam a outras polêmicas envolvendo a aquisição de outros gêneros alimentícios - e até a compra de bonecos do Rambo - pela corporação.

No final de 2021, o Ministério da Defesa gastou R$ 535 mil destinados ao combate à Covid-19 em itens como filé mignon e picanha. Em março, o Exército Brasileiro também anunciou gastos de cerca de R$ 730 mil em brindes e materiais para fotografia, incluindo bonecos em miniatura do filme Rambo, além de 110 kits para churrasco, acondicionados em maletas de alumínio com gravação a laser na tampa e o brasão da corporação.

Relembre: Forças armadas compraram 700 toneladas de picanha e 80 mil cervejas com dinheiro público

Em 2020, o governo federal gastou R$ 15,6 milhões com a aquisição de leite condensado. O custo foi avaliado em R$ 162 por cada lata do produto. Na ocasião, o Ministério da Defesa, cínicamente, justificou o gasto alegando que o leite condensado "é um dos itens que compõem a alimentação (dos militares) por seu potencial energético".

Esses casos, ao contrário do que diz Bolsonaro e seu governo reacionário com Mourão e os golpistas, mostram que a mamata veio para ficar, às custas da classe trabalhadora e do povo pobre brasileiro, que é obrigada a ver o exército se esbaldando em churrasco e jantares de luxo enquanto sofre com 19 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, mais de 10 milhões de desempregados, além da pobreza, violência, miséria e precarização do trabalho e das condições de vida, fruto também das reformas trabalhistas, da previdência e demais reformas aplicadas por Bolsonaro, Mourão, militares, STF, Congresso e governadores.




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